Lisboa - O responsável da “extensão” dos Serviço de Inteligência Externa (SIE) na embaixada de Angola em Bissau, coronel Carlos Costa esta a ser referenciado, em meios militares guineenses como “bode expiatório” das indiferenças entre o CEMGFA Zamora Induta e o seu adjunto Antonio Indjae que terminou no levantamento militar de 1 de Abril naquele país.
Fonte: Club-k.net
Diplomata angolano citado em relatório
De acordo com informações que o Club-k.net teve acesso, o oficial angolano é concretamente citado num relatório de seis paginas feitos por uma comissão parlamentar guineense encarregue de investigar os acontecimentos de “1 de Abril”. O documento datado de 13 de Maio revela que a 4 de Janeiro de 2010, o Almirante Zamora Induta reuniu-se na área de São Vicente com o seu adjunto, o general António Indjai para acusar o numero dois das chefias militares guineenses de ser o responsável do regresso em Bissau do contra-almirante Bubo Na Tchuto que se encontrava exilado na Gambia. No encontro, António Indjai pediu a Zamora que lhe dissesse o nome da sua fonte mas este recusou.
Ocorrente da situação, o Presidente da Guine, Malam Bacai Sanha “apertou” o Almirante Zamora Induta e este acabou por revelar-lhe que a sua fonte foi o coronel Samba Djaló, chefe do Departamento de Informação e Segurança Militar – DINFOSEMIL, presentemente detido pelos militares. Por sua vez, o coronel Samba Djaló citou como sua fonte o “Senhor Costa, da embaixada de Angola” que entretanto recusa “ingerência nos assuntos internos da Guine”
Em meios de inteligência, há argumentação segundo a qual a Guine-Bissau “queimou”, o oficial angolano restando ao estado angolano retirar o seu diplomata do terreno.
De lembrar que recentemente o SIE, enviou um outro operativo em Bissau, Luis Mateus Santos que em Luanda dedicava a vida acadêmica como professor de direito da Universidade Metodista de Angola. Outro diplomata em Bissau que aparenta dominar o dossiê é Rui Vasco cujo trabalho é apreciado pelo Ministro Assunção dos Anjos.
Os problemas da Guiné-Bissau tem sido alvo de atenção especial por parte do Presidente José Eduardo dos Santos. No seguimento do levantamento militar naquele país, JES instruiu, a 5 de Abril o general Helder Manuel Vieira Dias “Kopelipa” para a despachar uma delegação de altos funcionários do SIE a Bissau para se inteirar in loco da situação. Momentos depois, JES mudou a sua posição decidindo convocar o Presidente Malam Bacai Sanha para deslocar-se a Luanda.
Malam Bacai Sanha que neste momento encontra-se em paris em tratamento medico e com previsão de regresso ainda esta semana, foi alvo de critica quando a sua deslocação a Luanda considerada como “gaff presidencial”.
