Lisboa - António Tavares nasceu em Luanda, Angola, em 1960. Em 1975, com o fim da Guerra Colonial Portuguesa, mudou-se para Portugal, onde se instalou na Amadora.

Fonte: Club-k.net/JornaleAgora

Ainda jovem, Tavares começou a interessar-se pela luta pelos direitos dos migrantes. Em 1990, fundou a Associação SOS Defesa dos Angolanos (ADA), uma organização que se dedicava à defesa dos direitos dos migrantes angolanos em Portugal.

 

Tavares desempenhou um papel fundamental na luta pela regularização dos migrantes em Portugal. Em 1992, foi um dos fundadores da Comissão de Acompanhamento da Regularização Extraordinária de Imigrantes (CREI), uma estrutura que ajudou a regularizar milhares de migrantes que se encontravam em situação irregular.

 

Tavares também foi um dos principais responsáveis pela denúncia de casos de racismo e discriminação contra migrantes. Em 2005, foi expulso do PSD, o partido pelo qual era eleito para a Assembleia Municipal de Lisboa, depois de ter denunciado um falso arrastão em Lisboa.

 

A morte de António Tavares, em 24 de dezembro de 2023, foi uma perda irreparável para o movimento pró-imigração em Portugal. Ele foi um ativista incansável que lutou pelos direitos dos migrantes e pela construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Ativismo e ação política

António Tavares foi um ativista incansável que lutou pelos direitos dos migrantes em Portugal. Ele acreditava que os migrantes tinham os mesmos direitos que os cidadãos portugueses e que deveriam ser respeitados e tratados com dignidade.

 

Tavares também foi um homem de ação. O mesmo  não se limitava a denunciar as injustiças, mas também tomava medidas concretas para combatê-las. Na CREI, ele orgulhava-se muito de ter podido no terreno ter tido um papel fundamental e importante no desfecho de muitos processos.

 

Tavares também foi um homem de convicções fortes. Ele não hesitava em defender os direitos dos migrantes, mesmo quando isso lhe custava a sua própria carreira política. Em 2005, foi expulso do PSD, o partido pelo qual era eleito para a Assembleia Municipal de Lisboa, depois de ter denunciado um falso arrastão em Lisboa.

Legado

A morte de António Tavares é uma perda irreparável para o movimento pró-imigração em Portugal. Ele foi um ativista incansável que lutou pelos direitos dos migrantes e pela construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

 

O seu legado é uma inspiração para todos os que acreditam na luta pelos direitos dos migrantes. Ele mostrou que é possível, através da ação coletiva, alcançar mudanças significativas na sociedade.