Luanda - A Presidência angolana ainda não reagiu às informações postas a circular em Luanda que atribuem ao Presidente da República, João Lourenço, planos de entregar 39 hotéis que pertenciam ao Grupo AAA, ligado ao empresário Carlos de São Vicente, a altos funcionários do gabinete presidencial.

Fonte: Club-k.net


PR suspeito de entregar hotéis a membros do seu gabinete

A estratégia atribuída ao Presidente para ficar com os edifícios passa pela realização de um concurso Público internacional de fachada, para a privatização da Rede de Hotéis AAA, na qual as autoridades irão declarar um alegado grupo estrangeiro de nome Star Hotel como vencedor do concurso. Embora o Star Hotel esteja baseado no estrangeiro, alega-se que fazem parte do mesmo elementos angolanos próximos ao Presidente da República.


Ao total, as AAA terão investido cerca de 2,4 bilhões de dólares para construção dos hotéis. Estima-se que as autoridades deverão vender a um valor inferior ao investido de modo a facilitar a venda ao Star Hotel.



Formalmente, o Presidente, João Lourenço, autorizou a privatização dos 39 hotéis da Rede IU, IKA e BINA, através do Procedimento de Concurso Público, na modalidade de alienação de activos.

 

O despacho presidencial, datado de 29 de dezembro de 2013, justifica que a privatização dos hotéis se enquadra no Programa de Privatizações - PROPRIV 2023-2026, prorrogado pelo Decreto Presidencial n.o 78/23, de 28 de março.

 


A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, foi delegada pelo Presidente da República para a prática dos actos decisórios e de aprovação tutelar, bem como para a verificação da validade e legalidade de todos os actos praticados no âmbito do Procedimento de Concurso Público.


A Comissão de Negociação deve ser integrada por representantes dos Departamentos Ministeriais responsáveis pelos sectores de actividades e rege-se pela Lei de Bases das Privatizações.