Luanda - No último sábado, dia 24 de fevereiro de 2024, uma manifestação pacífica convocada por ativistas no campo do Morro da Rádio foi interrompida de forma abrupta pelas autoridades policiais. Os organizadores, incluindo Olímpio Cipriano, Mateus Mbambi Kavalo e Gabriel Marques Neto, foram surpreendidos pela ação dos agentes da polícia, que resultou na detenção dos três ativistas.

Fonte: OMUNGA

Segundo relatos, os ativistas estavam no local designado para o início da manifestação quando foram abordados pelas autoridades. A situação escalou rapidamente, levando à detenção dos manifestantes e à sua transferência para a unidade operativa do Lobito e posteriormente para o Comando Municipal da Polícia Nacional.

A manifestação tinha como objetivo protestar contra o elevado preço dos produtos da cesta básica, uma preocupação que afeta muitas famílias angolanas. Os organizadores afirmam ter cumprido todos os procedimentos legais, incluindo a notificação às autoridades competentes sobre o evento.


No entanto, a Administração Municipal do Lobito recusou-se a receber a carta de notificação, alegando irregularidades nos documentos apresentados pelos organizadores. Esta recusa levanta questões sobre a liberdade de expressão e o direito de protesto pacífico em Angola.


A OMUNGA - Associação de Direitos Humanos condenou veementemente a ação das autoridades, classificando-a como uma violação dos direitos humanos. A organização exige a libertação imediata dos ativistas e insta o Tribunal a investigar o incidente e garantir que os direitos fundamentais dos cidadãos sejam respeitados.


A detenção dos ativistas em meio a uma manifestação pacífica levanta sérias preocupações sobre o estado dos direitos humanos em Angola. Espera-se que as autoridades abordem essa questão com transparência e responsabilidade, assegurando que o direito à liberdade de expressão seja protegido e respeitado.