Lisboa – Estão a surgir reclamações segundo as quais os delegados que viajaram a Luanda para participar no encontro de quadros da diáspora terão protestado junto aos organizadores de que apenas os participantes ligados aos Comités do MPLA no exterior é que terão recebido “gratificações e as ajudas de custo” em detrimento de outros que não são militantes do partido no poder.
Fonte: Club-k.net
O evento que decorre desde o passado dia 1 de abril, tem à testa o Movimento Nacional Angola Avante (MONAA), que trabalha com o gabinete de Ação Psicológica e Informação da Casa Militar do PR, na divulgação dos “feitos do executivo liderado pelo Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço”, rumo a um terceiro mandato presidencial.
Para além da alegada discriminação das ajudas de custo, os delegados que esta semana tiveram agendas marcadas com deslocações a diferentes províncias do país, com realce ao Cunene, onde foi colocado à disposição um avião presidencial, relatam as suas experiências.
O grupo de delegados que está em Benguela desde a noite de segunda-feira (9) vindo do Namibe, está a reclamar no hotel Morena. Disseram ao Club-K, que “não tem condições absolutamente nenhuma”. Segundo os mesmos, a recepção em Benguela terá sido a das “piores de sempre, comparando com Cunene que foi a melhor recepção, seguido da Huíla e Namibe juntas”.
“O hotel em Benguela nem sequer toalhas tem”, dizem os delegados, concluindo que, na sua avaliação, “o Governo de Luanda foi o que pior serviço, atenção e assistência aos visitantes prestou”.
Ainda na capital angolana, os delegados foram hospedados no Hotel Expresso, pertencente ao empresário Santos Bikuko do MPLA, enquanto que as sessões e debates decorrem no luxuoso Intercontinental Hotel.
De acordo com previsões, a presidência angolana terá gasto cerca de um milhão de dólares para a realização deste evento que colocou à frente o “movimento espontâneo” criado aos 12 de junho de 2018, pelo atual administrador do Cacuaco, Auzílio de Oliveira Martins Jacob "Manjo", visando a promoção da imagem de João Lourenço.
