Luanda - O Conselho Islâmico de Angola expressou sua preocupação com a precisão e responsabilidade jornalísticas, denunciando informações falsas publicadas pelo portal de notícias online "Mira do Crime" sobre a suposta compra de espaço no cemitério do Benfica para realização de funerais de fiéis islâmicos. O Secretário-geral do conselho, David Alberto Já, esclareceu que o espaço foi cedido e não houve transação de compra ou venda por parte do Governo Provincial de Luanda.

Fonte: Club-k.net

Em uma conferência de imprensa, David Já destacou que não é incomum os islâmicos terem espaço em cemitérios, citando exemplos de outros países como Portugal e Marrocos. Ele também enfatizou as diferenças entre os rituais fúnebres católicos e islâmicos.

 

A notícia, atribuída a um autor identificado como Kiamukula Kanuma, foi criticada por conter elementos xenofóbicos e islamofóbicos. David Já enfatizou a importância do jornalismo sério e comprometido com a verdade, e não como um veículo para espalhar falsidades e incitar ódio contra determinados grupos.


O Secretário-geral do Conselho Islâmico não descartou a possibilidade de buscar reparação na justiça caso o autor não peça desculpas públicas. Ele também mencionou outras ocasiões em que o portal "Mira do Crime" publicou matérias tendenciosas contra os muçulmanos em Angola, incluindo uma notícia que sugeria que os muçulmanos estavam tentando criar um partido político e controlar a economia do país. David Já afirmou que irá recorrer à Comissão de Carteira e Ética para buscar justiça.