Luanda –  O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Carlos Maria Feijó, chamou atenção hoje (quinta-feira), em Luanda, aos membros do Governo para a necessidade de arrecadar mais receitas, a fim de melhorar a execução das despesas no exercício da actividade administrativa.

 
Fonte: Angop

“Por esta razão o PR orientou a realização deste seminário”

Carlos Feijó lançou esse desafio quando procedia ao encerramento do seminário metodológico sobre “Orçamento Geral do Estado, Património Público, Planeamento e Investimento Público”, dirigido a ministros, secretários de Estado, vice-ministros, governadores e vice-governadores.


 
“Temos que arrecadar mais receitas e melhorar a realização das despesas, disse o ministro de Estado, salientando que não dá para depender somente dos rendimentos provenientes do petróleo”.

 
Fazendo uma avaliação do encontro, referiu que as questões apresentadas pelos membros do Governo, durante a sessão, cingiram-se mais sobre a execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) e não sobre a arrecadação de receitas, facto que o motivou a realçar este aspecto.
 

O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Carlos Maria Feijó, disse hoje, em Luanda, esperar que os ministros, governadores e outros servidores públicos tenham domínio dos principais instrumentos de governação, como destaque para o Orçamento Geral do Estado (OGE).

Governantes devem dominar instrumentos de governação


Carlos Feijó, que falava na abertura do seminário metodológico sobre “Orçamento Geral do Estado, Património Público, Planeamento e Investimento Público”, salientou que, além do OGE, os ministros, governadores e outros servidores devem ter domínio das novas leis sobre o regime de investimento público e novo regime da contratação pública.

 

Por esta razão, disse, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, orientou a realização deste seminário, para que, à luz da Constituição, todos possam ter o mesmo grau de entendimento sobre os novos diplomas legais, recentemente aprovados.

 

O ministro de Estado destacou ser fundamentar ter domínio do OGE e do regime de programação de investimento público, porque tem se constatado que a planificação do investimento público não tem sido feita da melhor maneira, e dentro dos termos legais, assim como não tem sido feita uma correcta compatibilização entre a programação dos investimentos e o orçamento.

 

“É assim que a meio da execução do OGE, são incluídos projectos de investimentos públicos não incluídos no orçamento, o que tem criado algumas dificuldades não só de execução, mas também do próprio projecto de investimento público”, elucidou o governante.

 

De acordo com Carlos Feijó, se todos dominarem bem os instrumentos de programação de investimento público, ficará mais fácil, quer a execução do orçamento, quer em termos de programação saber o que deve ser feito.

 

A título de exemplo, disse que mesmo no processo de revisão do OGE/2010, que vai a Conselho de Ministros na próxima sexta-feira e ao Parlamento na próxima semana, notou-se algumas dificuldades de programação de investimento público que se espera que no OGE de 2011 já não registem.

 

O seminário, numa organização da Casa Civil da Presidência da República e do Ministério das Finanças, visa criar um espaço de análise e discussão sobre os programas, a lei do OGE, novas normas sobre a execução do orçamento, a nova lei do património público, nova lei da contratação pública, perspectivas de revisão da lei de investimento privado.

 

O encontro visa criar um espaço de análise e discussão sobre a relação entre o programa do Governo 2008-2012 e o Plano Nacional para o período 2010/2012, a elaborar, sensibilizar os participantes sobre a necessidade do respeito escrupuloso das novas regras de execução do OGE e das novas regras da contratação e contabilidade pública.

 

Esclarecer o conteúdo da nova lei da probidade pública, sua incidência na actuação dos agentes públicos e a relação com a nova lei da contratação pública e da lei do património público, consta igualmente dos objectivos do seminário.


O seminário conta com a participação de ministros, governadores e vice-governadores.