Luanda - O discurso sobre o Estado da Nação, proferido pelo Presidente da República no Parlamento, revelou o país que temos e o muito que ainda temos para fazer. Ninguém estava à espera de outra coisa que não fosse o retrato do país possível, depois de décadas de destruições e agressões.


Fonte: Jornal de Angola


O balanço de oito anos de paz está à mostra nas cidades, vilas e aldeias, nas estradas, nas pontes, nas barragens, nos aeroportos e portos, nas escolas e hospitais, nas empresas e serviços. E sobretudo está à vista nas pessoas. Quem viveu durante décadas os horrores da guerra, sabe que os últimos oito anos representam ganhos inestimáveis que proporcionam aos angolanos uma vida muito melhor.

 

A oposição tem o direito de contestar os ganhos da paz, as realizações da reconstrução nacional, a estabilidade política e social, o crescimento económico e até o prestígio que Angola conquistou na cena política internacional. Cada qual tem a sua visão e contestar é uma forma de participação e de cidadania.

 

O líder da oposição chamou os jornalistas para lhes transmitir o que pensa do discurso sobre o Estado da Nação. No essencial, pouco mais disse do que aquilo que tem sido propalado por profissionais da intriga, da mentira e da calúnia nas suas campanhas contra Angola e os seus dirigentes políticos.

 

E nos pontos em que foi um pouco mais além dos ataques não passam de casos de polícia, resolveu ofender o Chefe de Estado. Fica mal ao líder da oposição chamar "presidente de transição" ao chefe do Executivo e ao Presidente da República.

 

E fica pior ao líder da oposição seguir o estilo da Rádio Despertar ou do aventureirismo da juventude do seu partido. Se os exageros de uns e outros são reprováveis sob o ponto de vista da educação e do civismo, serem adoptadas pelo chefe da oposição no Parlamento é lamentável, pois faz descer irremediavelmente o nível da discussão política e põe em causa as reais capacidades de quem não teve o reconhecimento do eleitorado.

 

 O Estado da Oposição
 


Os angolanos esperam da oposição ideias, projectos e sobretudo políticas alternativas. Nada mais que isso. Para o insulto, a mentira e a calúnia estão aí os especuladores profissionais. Da oposição exige-se outra atitude, politicamente madura. Oposição, sim e sempre. Reprodução de uma política que assenta na maldicência, nunca.


O líder da oposição recebeu uma lição do eleitorado nas últimas eleições quando alinhou por essa via errada. Outros quase tão cegos pela arrogância e a soberba tiveram o mesmo tratamento.