Lobito - A filha primogénita   do Presidente José Eduardo dos Santos, Isabel, tem estado a perseguir, em tribunal o jornalista português Nuno Pinto, a quem acusa de a ter ofendido, desonrado o seu bom nome (Dos Santos) e invadido a intimidade da sua vida privada.


Fonte: Club-k.net


O jornalista, num artigo escrito a 19 de Julho de 2007, em colaboração com Ricardo Marques e Helena Cristina Coelho, indicava que o casamento de Isabel dos Santos, com o congolês-norueguês Sindika Dokolo, teve três mil convidados e dois aviões foram alugados para transportar os convidados do exterior. Mais, os jornalistas mencionaram que, no frescor da sua juventude, Isabel dos Santos levava uma vida boémia, de farras e citam um caso em que, a jovem, no Brasil teve de ser apoiada pelo protocolo após ter ingerido meia garrafa de whisky. Estas são as ofensas.


Quando do seu casamento, a imprensa independente angolana, nomeadamente o Agora, Folha 8 e o Angolense, escreveram sobre os aviões alugados que transportaram os convidados do casal, a partir de França e Portugal. Na altura, os jornais também fizeram referências ao facto dos convidados terem  vindo a Angola sem vistos, e terem passado a imigração sem quaisquer problemas. Os excessos do casamento, que se calculava a um custo total de quatro milhões de dólares, foram amplamente divulgados em Angola, sem que para tal a Isabel dos Santos tivesse coragem de se sentir ofendida e processar a imprensa angolana. Os pasquins, como chama o seu pai.

 

Sobre a vida boémia e de bebedeiras de Isabel dos Santos, a sociedade angolana pouco se importa, mas é verdade. No casamento do General João de Matos com a ex-miss Angola Emília Guardado, no Mussulo, Isabel dos Santos “varreu” duas garrafas de champanhe Cristal, calculadas cada uma ao preço de dois mil dólares. É o seu lado Azeri. Nada de mal. O pai não bebe.

 

O problema é o argumento invocado por Isabel dos Santos para atormentar os jornalistas portugueses, algo que em Angola remete aos subordinados do seu pai. A Sra. Isabel dos Santos alega que é uma pessoa altamente profissional e competente, mui respeitada e acarinhada em todo o mundo pelo seu “perfil educado e refinado”. Assim, Isabel dos Santos sente-se exposta, como figura pública, que frequenta os mais altos círculos empresariais portugueses e angolanos.

 

Por todas essas injustiças, a Princesa, como também é conhecida, pede um indemnização de 25 mil euros pelo “sofrimento” por que está a passar, para entregá-los a Cruz Vermelha de Angola, como boa samaritana que é.


Isabel dos Santos, tem sido presidente da Cruz Vermelha de Angola, há muitos anos. Os funcionários da CVA praticamente desconhecem que a filha do presidente os tem dirigido, no papel. Nunca a viram nas instalações da CVA, cujo estado de degradação é bastante visível. Não se conhecem actos de caridade de Isabel dos Santos para com os angolanos, para além das suas monumentais farras no Miami Beach, seu restaurante.


O que Isabel não menciona no caso, é que a sua riqueza não ofende a socidade angolana. Esta é feita à custa da pilhagem do país por parte do seu pai e a quadrilha que o cerca, levando a morte milhares de angolanos privados de serviços de saúde básicos, alimentação básica, etc.


A questão que se coloca aos leitores do Club– K, ora consagrados como jurados, é a seguinte. Apresentados os argumentos qual é o veredicto popular à queixa apresentada por Isabel dos Santos?

 

* Gisela  Amaral