Luanda - Situação está  tensa em Cabinda. Informações chegadas do local dão conta que a polícia de choque está nas ruas desde as primeiras horas do dia, com uma forte presença em homens e meios.


Fonte: Club-k.net

Regime responde com repressão popular

A disposição dos  agentes terá obedecido a ordens dadas, na sequencia de informações que apontavam para a saída a rua dos  jovens que queriam manifestar-se de alegria  pelos resultados do referendo no Sudão, que deram “sim” a independência do sul do país.

 

Testemunhos recolhidos do local asseguraram que a polícia  reagiu ao que foi descrito como um movimento espontâneo, tomando posições em pontos estratégicos.

 

Patrulhas nas ruas, e residências de figuras da sociedade civil cabindense sob vigilância, incluindo a  do padre Raul Tati e demais activistas.

 

Não há relatos de altercações ou de quaisquer detenções ocorridas até agora.


Apesar disso, “os jovens continuam persistentes. Qualquer pessoa que vai a  rua é interpelada, inclusive as mamãs que se dirigiam a igreja  no Kabassango, estão proibidas de transportar qualquer tipo de lenço”contou João Mavungo um conhecido activista cívico, ouvido do local.

 

Esforços envidados não permitiram  a confirmação  de uma outra fonte, seja ela governamental ou independente.

 

Casa de Activista Social Invadida por agentes da Policia


Onze (11) agentes da Polícia Nacional (PN), armados de pistolas e revólveres invadiram a residência de Próspero Mambuco Sumbo, sita no bairro Comandante Gika, cidade de Cabinda, no passado dia 10 de Fevereiro.

 
Eram cerca de 21 horas, quando os agentes da polícia bateram a porta da casa, sem mandado de captura ou de busca, e dominaram a esposa, a Sra Albertina Vango, e a filha do activista, forçando-as a permanecerem na sala enquanto uns se dirigiam para o quarto do casal, outros para a cozinha, sem no entanto revelarem o objectivo da busca. O activista Próspero Mambuco Sumbo não se encontrava em casa com os seus familiares.

 

Depois da busca, interrogaram a Sra. Albertina Vango sobre o paradeiro do seu esposo. O interrogatório resultou em maus tratos, dois agentes da polícia esbofatearam-na, ameaçaram-na com pistolas e apertaram-lhe o pescoço amarrado com um trapo. Mãe e filha serão feitos reféns cerca de duas horas sob tortura.

 
Os agentes da polícia estavam de rosto à mostra e só abandonaram a casa depois de a Sra Albertina ter confessado de que seu marido tinha saído da casa desde 12 horas, e em companhia de Alexandre Cuanga, seu amigo. Levaram consigo, a mensagem do Bloco Democrático endereçada ao activista Próspero Mambuco Sumbo aquando da sua absolvição no dia 22 de Dezembro último.

 
A busca em casa do activista Próspero Mambuco Sumbo tem lugar num momento em que correm rumores de uma eventual manifestação prevista para, dia 12 de Fevereiro.
 

Recorde-se que Alexandre Cuanga e Próspero Mambuco Sumbo anos, já foram detidos (10 de Novembro 2010) e condenados pelo Tribunal Provincial de Cabinda, no dia 16 de Novembro de 2010, o primeiro a um ano de prisão, e o segundo a seis meses, por por se envolverem em "Campanha por uma solução Justa da Questão de Cabinda".


Depois de 42 dias sob detenção na Unidade Penitenciária do Yabi (UPY), serão absolvidos em companhia do Pe Raúl Tati, Francisco Luemba, Belchior Lanzo Tati, Andre Zeferino Puati e Jose Benjamim Fuca.