Benguela - Perguntaram-me inúmeras vezes,via telemóvel,internet e pessoalmente, se marcaria presença nas manifestações. Quer anti-regime , tendo como  promotores  desconhecidos cuja a finalidade é(era) derrubar a a longevidade do JES, má governação, a intolerância  politica, a pobreza extrema… E  outra  a favor do consulado do Mpla e do seu líder.


Fonte: Club-k.net


O respeito a constituição e a lei. Os órgãos de soberania e a conservação da paz. Confusão era logo na denominação da marcha patriotica, para conservaçao da paz, a confiança em Zé Dú, o 5 congresso da Oma , o quarto congresso do Mpla e a boa prestação da selecção A de futebol no Chan. Disse-lhes que não participariam em nenhuma.

 

Primeiramente solidarizo-me com a coragem e a bravura dos meus irmãos que usando o recurso internet contagiaram o mundo e não deixaram muitos dormirem. Parece que nos proximos dias, teremos uma onda de lesões e doentes na equipa a,a serem transferidos para o exterior. Todavia os “desconhecidos” usariam meios ilicitos( a maioria entendeu assim) para alcançarem os seus intentos.A suposta marcha á paz foi acompanhada com os vicios de outrora.  A propanganda do órgãos de comunicaçao social gratuita,as suas musicas, e os seus interlecutores fanáticos ou bombeiros do sistema receberam dinheiro e outros beneficios  para cumprirem o seu papel.Os funcionarios públicos  coagidos a aderiram.

 

A propósito do critério da isenção, imparcialidade e a verdade que regem a comunicação social no geral em particular a pública angolana, voltou ao tempo do partido único, músicas com mensagens propagandistas, intervenções parciais. Pois eu deplorava esta maleficência crónica com um amigo. Que em jeito de gozo perguntou-me de que partido era a ministra da comunicação social angolana? Respondi-lhe do Mpla. Ele completou, o que esperavas? Se ela recebe ordens. O M está a tremer. Que pena!


E a contra manifestação do desespero, mensagens induzindo o povo ao medo que existem angolanos que pretendem retornar á guerra, causando sofrimento, instabilidade ao país. O povo ficou agitado, apreensivo e preocupado que haveria mais sangue e dor no seio da família. Ignorando as reais motivações da revolta. A corrupção a todos os níveis, a distribuição do erário público as mãos do iluminados, as condições básicas para a sobrevivência, as dificuldades no ensino e na saúde… Não terminaria hoje narrando o universo de problemas que assolam os angolanos, que põem os filhos a comer o que têm e não o que preferem. Porque o Mpla tremeu se gabam que governam bem e o país é um mar de rosas! È uma verdadeira contradição ironizou um benguelense.

 

Nas minhas viagens ao interior de Benguela, deparei-me tristemente com situações melancólicas e terríveis. Três jovens entram agitadas para o autocarro que nos transportava á cidade das acácias e o cobrador pediu-lhes 600 kwanzas . Elas alegaram pagar apenas 500 kwanzas. Ele furioso, exigiu-lhes, as manas retorquiaram. A guerra virá segunda-feira 07 e vocês querem que fiquemos aqui. Já na sede capital até muitos amigos, militantes do Mpla confessaram-me que não estavam de acordo com a marcha paz e não foram. Lamentaram também a postura abominável dos últimos discursos inflamados.

 

O verdadeiro objectivo da marcham do medo, não era como organizadores disseram a boca aberta a conservação da paz e da reconciliação. Senão teríamos vistos Kamaluta Numa ao lado de Rui Falcão e outras personalidades adversas ao próprio M. Apenas vimos ou ouvimos militantes disfarçados de líderes religiosos ou representantes da sociedade civil. Debate da Rádio nacional de Angola, sobre a paz e a reconciliação devia abranger outras figuras, assim coadunaria com o tema. Pois há analistas que dificilmente separam-se das suas convicções políticas. O sociólogo Paulo de Carvalho deu algumas lições ao M. Como deve deixar ser adverso a crítica, a promoção dos incapazes e que o próximo congresso deve ser de mudanças. Espero que tenham ouvido. Acabem com discursos caducos.”Nós conquistamos a independência, a paz... Sempre que nós …Faltam debatem políticos sérios e frontais com argumentos convincentes e não a teoria dos inocentes.

 

Aderência a marcha mostrou aos quartos cantos do planeta que o Mpla é o povo e o povo é o Mpla. Pura ilusão! A histórica bíblica relata que Pedro negou Jesus Cristo mesmo depois de viver longos tempos ao seu lado. Muitos líderes mundiais foram abandonados nos momentos derradeiros, por pessoas que o aturaram durante “séculos”. Será que assim será, um dia?! A protecção do património e os interesses pessoais foram defendidos pela marcha da paz. Eles pensam que assim estão a fortificar a democracia apagando outras vozes e ignorando o clamor de muitos. O povo dirá um dia como disse o general Silva Cardoso em Lisboa “Já não acredito nos homens principalmente nos políticos e estou farto de mentira, falsas promessas e as atitudes da fachadas. Venho causado do egoísmo, da crueldade e da ambição desmedidas.”

 
Domingos Chipilica Eduardo em Benguela