"Vamos organizar-nos, marchar tranquila e legalmente para a Angola que todos queremos. Vamos na paz e alegria. Estamos emocionados e queremos a sua participação. Não aceitem intimidações", considerou o político, quando procedia à leitura de uma Carta endereçada ao povo angolano.

Para Filomeno Vieira Lopes, é chegado o momento da sua força política mostrar à Angola os seus planos e programa de governação, razão pela qual convidou todos os simpatizantes a participarem dos actos de massa.

O economista disse acreditar que a mudança de Angola passa pelo esforço de todos os cidadãos, particularmente aqueles afectos a sua formação, dos quais espera participação sem reserva por altura do sufrágio.

"É muito importante que todos demos as mãos e caminhemos juntos e felizes para a longa marcha de alegria em Angola, que irá levar-nos ao voto no dia 5 de Setembro. A FpD não é rica. É o povo, é você (…)", expressou Filomeno Vieira Lopes em conferência de imprensa.

Contactado pela Angop, à margem do encontro, que serviu também para a apresentação do Manifesto Eleitoral da FpD, o partidário disse terem já indicadores positivos da população, no tocante à aceitação da sua mensagem.

O político informou que têm grupos criados em todas as cidades do país, particularmente nas províncias de Luanda e Benguela, onde estiveram no fim-de-semana último para medir a pulsação do eleitorado local.

Por enquanto, explicou, estão a "afinar a máquina" para levar a cabo uma campanha porta-a-porta, que será antecedida de um treinamento intensivo à vários agentes eleitorais que devem transmitir as políticas do partido.

"Vamos começar por calcar bem o terreno e depois (…) vamos chegar lá", expressou Filomeno Vieira Lopes, que aplaudiu a mensagem do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, proferida segunda-feira à Nação.

Ao comentar o discurso do Presidente dos Santos, disse esperar que todos os partidos concorrentes adoptem uma linguagem de paz por altura da campanha, afirmando ser necessário que os agentes políticos continuem a lutar para acautelar situações de instabilidade.

"Queremos criar uma rede de ligação entre todos os partidos, para que, qualquer problema, possa ser resolvido na base do diálogo entre todos nós. Os nossos simpatizantes devem ter uma conduta de cavalheiros", concluiu.

FpD diz-se à altura de transformar o país

Segundo a Angop, a Frente para a Democracia (FpD), primeiro partido político a usar do tempo de antena da Rádio Nacional de Angola, afirmou hoje, terça-feira, ter um programa de governação capaz de tornar o país numa potência economicamente forte, mediante aposta no sector da agricultura e indústria.

A formação liderada pelo economista Filomeno Viera Lopes, que tem como lema para a campanha eleitoral "Com o FpD a Mudança é Possível", assegurou na sua mensagem de dez minutos haver condições para fazer dos angolanos "cidadãos efectivos" e cada vez mais intervenientes no espaço público.

Por altura do seu programa, aberto com uma mensagem em línguas nacionais, o apelidado "partido dos intelectuais" disse que vai bater-se para assegurar uma mudança económica em Angola, capaz de permitir aos angolanos o desenvolvimento da sua capacidade de iniciativa e empreendimento, promovendo o emprego.

Na sua mensagem, o partido disse augurar que os angolanos participem na criação, distribuição e redistribuição das riquezas nacionais, apelando à criação de uma mudança social, para estruturar uma sociedade de criatividade e trabalho.

Na visão daquela formação, essa sociedade deve ser solidária, através de um sistema sólido de protecção social, que permita a cada cidadão acumular capital cultural, promovendo uma estrutura de oportunidades mais equitativa no país.

O FpD disse ser sua intenção "colocar a política ao serviço do cidadão e dos valores da liberdade e cidadania, tendo, para este fim, apelado ao voto dos simpatizantes, de quem espera apoio para assegurar lugares no futuro Parlamento.

O programa, que incluiu dois depoimentos de cidadãos representantes da sociedade civil, fez uma breve incursão pela história do partido, passando pela apresentação do seu posicionamento em relação à província de Cabinda.

Em relação ao assunto, o partido disse continuar a defender a autonomia daquela província do norte de Angola, defendendo igualmente uma "República menos descentralizada, articulando-se em torno de um poder nacional integrador e de colectividades territoriais, a quem sejam atribuídas competências específicas".

Na visão do partido, "a livre administração de Cabinda, por órgãos próprios eleitos, contribuiu para resolver o problema das reivindicações identitárias e constituiu um forte estímulo ao desenvolvimento político, económico, social, cultural e tecnológico do país".

A formação informou que, caso entre no futuro Parlamento, vai apresentar um Projecto de Lei sobre o estatuto de autonomia político-administrativa de Cabinda, que diz ter discutido com personalidade proeminentes daquela província.

Antes do encerramento do programa, Filomeno Vieira Lopes disse acreditar na mudança do país, afirmando estar a trabalhar por Angola e para os angolanos.

"Vamos criar um quadro de oportunidades para todos, assegurando a sua participação na vida pública do país, criando riquezas para todos os angolanos e protegendo os seus direitos sociais", concluiu.

Fonte Angop