Luanda - Negócios transparentes em África e Angola. Será possível?  Foi este um dos temas discutidos durante uma conferência realizada na quinta-feira, em Frankfurt, e patrocinada pelo Ministério alemão da economia.


*António Cascais
Fonte: Rádio DW

"O mais importante é falar sobre negócios bons"

Um dos convidados foi José Filomeno dos Santos, filho do Presidente da Republica, e dono do banco Quantum Angola.

 

Participaram também mais de 200 pessoas ligadas à política, economia e finanças da Alemanha e de alguns países africanos, com destaque para Angola.

 

Durante a conferência "Oportunidades de negócio em África" que decorreu na sede da Câmara de Comércio e Indústria de Frankfurt, "Zénu", como é conhecido entre os angolanos, disse que é defensor da transparência e lutador irredutível contra a corrupção: "No entanto, o mais importante é falar sobre negócios bons para ambas as partes" salientou o homem que chegou a ser apontado como possível sucessor do pai no cargo de Presidente da República de Angola.

 

A conferência realizada no dia 19 de Maio de 2011 contou com a presença de destacados representantes políticos e económicos alemães, entre eles Ernst Welteke, ex-presidente do banco central alemão Bundesbank.

 

De acordo com a Rádio DW para a África Welteke é actualmente presidente do Banco Quantum em Angola, banco esse que se encontra nas mãos de Zenu dos Santos. Em entrevista à Deutsche Welle, Ernst Welteke salienta que o banco Quantum, que em breve mudará de nome para banco Kwanza Investment, é um banco de investimentos e nada tem a ver com o banco Quantum na Suiça, com o mesmo nome, e de que ele também é Presidente. O objectivo é apoiar os investidores nos seus negócios com Angola. Por outro lado, a administração de fundos de petróleo não faz parte dos planos deste banco.

 

Todos os participantes salientaram que não é fácil - para os empresários estrangeiros e alemães  - penetrar no mercado angolano. "Quem o consegue, geralmente não se arrepende", salientou por sua vez,  o representante em Angola da Câmara alemã de Comércio e Indústria, Ricardo Gerigk.

 

Gerigk deixa, no entanto, um alerta: "A corrupção continua a ser um das grandes entraves para os investidores alemães em Angola."

 

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