Esta Angola de amanha é a que denomina o desafio da minha geração. é uma obra que requer uma visão humanista e progressista. Para tal devemos olhar fora dos limites das nossas a fileiras políticas, pois o factor de arranque de qualquer nação é o recurso humano, e este factor em Angola nenhum Partido politico tem o seu monopólio. Se reparamos em todas obras que estão a ser executados em todo pais veremos que somente em raros causos que a chefia esta na mão dos angolanos isto é que devia ser um pivô da classe pensante neste momento ideal para o debate de ideias.

E não só nas obras públicas, hoje em Angola no topo de administração do Estado nada funciona, sem assessoraria e nas empresas públicas, como privados a consultaria é moeda corrente.

Um dia numa troca de impressão com um consultar ele revelo-me que: “ São eles  é que fazem fazer, para que as coisas funcionam. ” Curiosamente o debate de muitos pseudo-intelectuais angolanos continua a furtar-se, com temas, como a queimadura de bruxas neste ou naquele Partido. Soubemos que os americanos, e os Inglês que estão a fazer fortunas neste momento em Angola irão construir os seus castelos nas suas respectivas terras, e na nossa terra as cubatas nos kimbos e os bairros de chapas que qualquer terramoto vai levar irão permanecer, dai a urgência inovar o conteúdo dos nossos debates a tempo e hora. Sem ilusões nem hipocrisia e com toda honestidade, convém parafrasear o amigo José Gama quando diz que: “Devemos lutar para sermos bons quadros e não, para bons cargos”. Muitos não souberam digerir este raciocino, pois não sabem, quais são os subsídios que actualmente usufruem os quadros angolanos neste momento. para uma melhor ilustração, apresento aqui alguns dos subsídios em vigor:

- De natal, de alimentação, de férias, de transporte, de trajo, de telefone, de viagem, de bom nome, a lista é longa.

De todos esses subsídios faltou um que seria o mais importante no meu ponto de vista é o subsídio de incentivar a capacidade de pensar dos Angolanos, pois a presença dos assessores e consultores só se justifica, pelo facto das nossas limitações em pensar soluções ou sujeições construtivas, para os nossos problemas, que são tantos.

Dizendo isto não ponho em causa o nosso crescimento económico que é um facto indiscutível e actualmente observa se certas inovações, como é o causo da refutação do relatório do indício do desenvolvimento das nações unidas, pois são factos que a 10 anos atrás eram impensáveis.

O que estou interpelar aqui é o criticismo estéril, com debates centrados nas futilidades. Pois a hora é de por a mão na obra em termos de ideias e do trabalho físico no terreno.

Os israelitas, os brasileiros, os chineses e ate senegalês estão a vir em massa em Angola, para ganhar o dinheiro e angolano permanece nas futilidades este é um golpe em relação os desafios da minha geração que deve trabalhar mais e melhor, pois os nossos cotas não foram modelos de inspiração em termos de estilo de liderança ou de gestão da coisa tanto na administração pública e muito menos na gestão privada. Vamos falar de emprego, da habitação, da saúde, do sistema de ensino, agora muitos continuam a criticar por criticar.

Qual são as ideias que farão sentir o peso dos intelectuais no futuro governo que vai sair dos resultados de 05 de Setembro de 2008?

Se não somos capaz de produzir ideias, não vale a pena fazermos comentários inacabados em relação aos estrangeiros que aceitam contribuir com seu know-how e força de vontade. Para concluir o modelo da sociedade angolana esta bem descrita na prosa do imortal Teta Landu, esta é único caminho para uma Angola unida pacífica e socialmente coesa.

*Economista
Fonte: Club-k.net