Luanda –  Em resposta, as  criticas que estão a ser feita aos “exagerados”  preços das casas da centralidade do Kilamba,   propõe-se  como segunda opção a introdução de  critérios de arrendamento das  mesmas ao  cidadãos,  ao preço mínimo de USD 200 por meses ou a um outro preço  compatível aos salário mínimo no país. Desta forma também estaríamos a ajudar  a combater a especulação de preços do mercado imobiliário.


Fonte: Club-k.net

Proposta as autoridades

O critério de arrendamento  permite com que  os cidadãos adquiram  as  casas sem que necessariamente tenha que ficar hipotecados ao processo de venda a longo prazo.  O sistema de renda permite  com que   o cidadão, não se comprometa a comprar  casas cuja a qualidade desconhecem.  Ao arrendar a casa, o beneficiário  terá  a oportunidade de  experimentar a mesma. Se  sentir que  lhe facilite  viver  naquela área, tendo em consideração, com o seu local de trabalho, e escolas para as crianças, então ele decide comprar. Doutra forma estará a impor ao  cidadão  apenas uma alternativa de acesso, o que não equivale a justiça social.

 

A venda das casas do Kilamba  como único recurso de acesso as mesmas, também não ajudam  aos   funcionários, que por ventura  recebam  propostas laborais para trabalhar no interior do país, ou para aqueles  que decidam imigrar para o estrangeiro.  Ou  seja  ele adquiri  a casa em 2010, e em 2014, surgi-lhe   a proposta irrecusável para trabalhar  no  Lubango ou Malange. Posto na província ele  habitua-se e forma família naquela mesma cidade e já não pretende regressar a  Luanda. Neste caso o arrendamento seria a opção recomendável.

 

As casas do Kilamba fora construídas com fundo  do petróleo, os seus matérias  de construção e transportação beneficiaram de isenção fiscal, portanto não ha motivo  de o Estado  actuar  como  comerciante e desejar  ver retornado imediato daquilo  que investiu. O  Estado deve antes pensar no cidadão. Deve estudar todas as formas possíveis de fazer com que o cidadão adquire o constitucional direito a habitação. O mais sensato, caso queiram ajudar ,  os necessitados  seria, o Estado subvencionar  estas casas. O cidadão paga metade dos 150 mil dólares e o Estado paga a outra parte.  O Estado tem de fechar os olhos e aceitar que  ao apostar na construção daquela centralidade  não terá  retorno imediato do  que  investiu.  


*José Gama