Brasil - Li uma matéria falando que se tem alguma coisa da qual Angola e o Governo angolano (MPLA), tinha de que se orgulhar, era da sua (nossa), política externa. Será mesmo? Vamos analisar alguns aspetos para vermos de isso corresponde à verdade!


Fonte: Club-k.net


Penso que é preciso conhecer a realidade angolana. Podemos nos gabar de que? Angola e o MPLA conseguiram demonstrar ao longo desses anos que nossas influências estavam erradas. Aproximamo-nos da URSS, Cuba, China; ou seja; países de esquerda, contrários a Democracia e isso fez que com que tivéssemos internamente grande problemas que até hoje o Estado Angolano não consegue resolver., e.g., direitos humanos, liberdade de informação, democracia participativa e tantos outros mais; sem deixar de falar que ao longo desses anos, o nosso Estado se dignou a apoiar países cujos lideres eram ditadores: Líbia, Zimbabwe, Costa do Marfim, e os supra citados. Ou seja, enquanto o Mundo clamava e esnobava esses líderes, nós pactuávamos e ainda pactuamos – no caso dos que ainda não caíram -, com suas políticas de desrespeitos as regras democráticas.

 


É isso que fez com que Angola estivesse na mira do Ocidente como um país "inimigo" cuja influência esquerdista deveria ser contornada. Mas o Ocidente estava e está certo, prova é que Angola hoje é parceiro de grandes países como EUA, por exemplo. Afinal que politica externa vitoriosa nós tivemos?

 


Precisamos fazer uma reconfiguração rápida das nossas influências após a queda do muro de Berlim deixando de lado aqueles que seguíamos provando, deste modo, que aqueles que considerávamos "inimigos", no fundo eram nossos "amigos". (amigo entre aspas é claro, até porque em política internacional, não se tem amigos, mas interesses).

 

Não; não tivemos sucesso não; continuamos a ser estelionatários das convenções internacionais de que Angola é signatária internamente. O que chamamos "sucesso" deve-se os insumos que Angola tem (petróleo e diamantes), que atraiu a atenção da Europa e dos EUA fazendo-os, hoje, assumir uma posição indolente em relação à "política" externa de Angola.

 

Vejam quem são os líderes que Angola, digo, o MPLA e o seu governo apoia e façam uma correlação com a política interna para verem se de fato tivemos sucesso!

 

Se tivéssemos sucesso, a meu ver, estaríamos mais conectados com a dinâmica Internacional, principalmente em temas como democracia participativa, eleições direta, alternância de poder, fortalecimento das instituições públicas, reforma administrativas e judiciárias sérias, reforma política (...)., enfim.

 


Não podemos deixar que pessoas que não conhecem a nossa realidade a descrevam como se estivessem aqui, (Angola) sentindo o que sentimos; até porque, não pode haver sucesso externo, que não se reflita primeiro internamente.

 

A "política" externa de Angola é inócua, somente participamos como espectadores em algumas reuniões do G8, justamente porque temos o que os EUA e os EUROPEUS têm: Petróleo e Diamantes, nada mais.

 


Não temos educação, ciência, tecnologia, nada! Isso faz de Angola um potencial mercado para a Europa os EUA e até a ASIA, mas em questões relevantes de política externa, deixamos muito a desejar, isso é fato.

 

Muitos dos nossos diplomatas são consectários do regime; são generais e só foram nomeados por conta disso. Fora de Angola, não tem dinâmica, não lutam por causas maiores de contribuam pela inserção de Angola no centro das discussões mundiais.

 


Na África, por exemplo, assumimos uma atitude indolente de grandes problemas relativos aos desrespeitos aos direitos humanos; vejam a RDC e o Kabila; que alimenta a instabilidade? Enquanto na Costa do Marfim o presidente desrespeitava as liberdades públicas, o nosso presidente veio a público dizer que não apoiava a invasão.

 

Pensemos Angola!
Deus abençoe a África e Angola.