Luanda - O coordenador da União de Tendências do MPLA, general Silva Mateus, exige – das autoridades competentes – a soltura imediata dos 59 jovens manifestantes que se encontram detidos, desde último sábado, em algumas esquadras da capital angolana.
 
 

Fonte: club-k.net

“A União de Tendências - MPLA regozija-se com a manifestação protagonizada, no último sábado, por jovens estudantes no Largo da Independência, em Luanda, e encoraja-os de prosseguirem com os tais actos por ser um direito plasmado na Constituição”, pode se ler num dos paragrafos do comunicado de imprensa enviada hoje a nossa redacção.
 
 

“Sabe-se, no entanto que alguns deles foram agredidos e detidos, levados para partes incertas, temendo-se o seu desaparecimento físico, a exemplo do 27 de Maio de 1977, a UT-MPLA exige a libertação incondicional dos jovens manifestantes e apela ao Comité Central do partido MPLA e sua Bancada Parlamentar a intervirem para a sua soltura, evitando assim, incorrem nos atropelos à Constituição”, lê-se ainda no paragrafo a seguir.
 
  
 
Portanto, o Club-k.net faz questão de publicar na íntegra o comunicado de imprensa da chamada “outra parte do MPLA”.
 
 


COMUNICADO DE IMPRENSA

A UNIÃO DE TENDÊNCIAS – MPLA reuniu na sua última Sessão Mensal, tendo passado em revista vários aspectos político-partidário e sociais do país e constatou o seguinte, que se torna público para conhecimento nacional e internacional:
 
 

1.       Debruçando-se sobre a Constituição, no que concerne o Pacote Eleitoral, verificou com armagura que muito embora a Constituição tenha sido proposta e aprovada maioritariamente pelo nosso Partido, agora vê-se contraditório na materialização de alguns itens, no caso concreto do Artigo 107, sobre a criação da Comissão Nacional Eleitoral Independente.

 

2.      Na aprovação deste Pacote, a Bancada Parlamentar do Partido UNITA retirou-se da sala, segundo alega, para não compactuar com a violação da Constituição. O que se seguiu, que é do conhecimento público, é deveras vergonhoso para a nossa Bancada Parlamentar, que não tendo argumentos, extremou o seu racismo, tribalismo e divisionismo contra os seus colegas da oposição, numa flagrante violação aos princípios Constitucionais que define Angola como um Estado uno e indivisível, de Cabinda ao Cunene.

 

3.       No seu discurso proferido aquando da inauguração de infra-estruturas na província do Huambo, José Eduardo dos Santos, Presidente do MPLA e da República, voltou aos estigmas da guerra – numa clara demonstração de que o passado não passou –, acusando à UNITA de ter destruído o país, no caso concreto dos caminhos-de-ferro que liga as províncias de Benguela e Huambo, esquecendo-se assim, das acções militares da qual ele (JES) é parte integrante na destruição do país na sua generalidade. 


Pois, este discurso extemporâneo não beneficia o processo de paz, harmonia, tolerância e reconciliação nacional em curso, uma vez que, por tudo e por nada, se ressuscitam as tristes lembranças da passada guerra.

 

A título de exemplo, como podem os sobreviventes do holocausto do 27 de Maio de 1977, esquecer o triste passado, quando os actuais dirigentes do país fazem questão de trazer à tona os arrepiantes acontecimentos decorrido durante a guerra originados por eles próprios? 

 

 

4.       A UT - MPLA regozija-se com a manifestação protagonizada, no último sábado, por jovens estudantes, no Largo da Independência, em Luanda, e encoraja-os de prosseguirem com os tais actos, por ser um direito plasmado na Constituição.

 

Sabe-se, no entanto, que alguns deles foram agredidos e detidos, levados para partes incertas, temendo-se o seu desaparecimento físico, a exemplo do 27 de Maio de 1977. Assim exposto para terminar, a UT-MPLA exige a libertação incondicional dos jovens manifestantes e apela ao Comité Central do partido MPLA e sua Bancada Parlamentar a intervirem para a sua soltura, evitando assim, incorrem nos atropelos à Constituição.

 

União de Tendências – MPLA, em Luanda, aos 05 de Agosto de 2011

 

O Coordenador

Silva Mateus

General

Contactos: (00244) 923 319 283 – 912 670 033

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