Brasília - A secretária do Presidente da República para os Assuntos Jurídicos, Florbela Araújo, anunciou em Brasília que Angola está entre os dez países africanos com mais mulheres em cargos de direcçção e chefia.


Fonte: Angop



Ao falar na Conferência Internacional sobre os Direitos Humanos das Mulheres que decorre desde terça-feira na capital brasileira, Florbela Araújo adiantou que em Angola as mulheres ocupam 40 porcento de lugares no parlamento, há nove mulheres ministras e quatro secretárias de estado, duas governadoras provinciais, sete embaixadoras e três magistradas entre os sete membros do Tribunal Constitucional, além da sua presença no Tribunal Supremo e no Tribunal de Contas.



Florbela Araújo, que integra a comitiva da Associação Angolana das Mulheres de Carreira Jurídica, fez um historial da luta da mulher angolana pela afirmação e emancipação desde os primórdios da Independência Nacional, tendo destacado o papel impulsionador do Presidente José Eduardo dos Santos para que a mulher Angolana estivesse hoje no actual patamar.



“A nossa meta é atingir os 50 porcento nos cargos de responsabilidade” -ressaltou Florbela Araújo, para quem é preciso aumentar as cifras a nível da diplomacia, dos governos locais e do Ministério Público.



A intervenção da participante de Angola no painel sobre o” Empoderamento da Mulher” suscitou interesse entre os conferencistas.



Embaixador destaca luta da mulher pela igualdade de direitos na América Latina



O embaixador de Angola no Brasil, Nelson Cosme, considerou nesta segunda-feira, em Brasília, Brasil, que a presença naquela cidade de uma comitiva da Associação das Mulheres Juristas Angolanas "vai contribuir e enriquecer os instrumentos jurídicos que protegem os direitos das mulheres".



O pronunciamento foi feito num jantar em homenagem à ministra da Comunicação Social, Carolina Cerqueira, e à comitiva da associação que participam na Conferência Internacional sobre os Direitos das Mulheres.



Segundo o diplomata, o protocolo da SADC sobre o género e desenvolvimento e a Lei Contra a Violência Doméstica recentemente publicada em Angola e que deve ser regulamentada concorrem para o empoderamento da mulher e da família, reforçando o combate à pobreza e aumentando as oportunidades e recursos para as mulheres.


Citou como exemplo as presidentes Dilma Roussef, Cristina Kirschner e Maria Eva Duarte Perón, como reflexo mais alto da luta das mulheres pela sua emancipação e afirmação na América Latina, região onde se realiza a conferência.


Por seu lado, a ministra da Comunicação Social, Carolina Cerqueira, fez saber que a delegação angolana vai apresentar na reunião números que reflectem o esforço do Executivo na promoção do género, como as cifras das mulheres com cargos de responsabilidade a nível do sector público e nos órgãos de decisão política, como o Governo e o Parlamento.


A Conferência Internacional sobre os Direitos Humanos das Mulheres vai conhecer hoje uma comunicação da Associação Angolana das Mulheres de Carreira Jurídica.