Luanda - Em Direito Penal, fraude é o crime ou ofensa de deliberadamente enganar outros com o propósito de prejudicá-los, usualmente para obter propriedade ou serviços dele ou dela injustamente. Fraude pode ser efetuada através de auxílio de objetos falsificados. Corrupção significa etimologicamente deterioração, quebra de um estado funcional e organizado.Corrupção política - manifesta-se por meio do suborno, intimidação, extorsão, ou abuso de poder. “É o poder excessivo do Estado que se alimenta a corrupção”


Fonte: ditaduradoconsenso.blogspot.com/

A ditadura é inegavelmente corrupta e irremediavelmente fraudulenta, pois estes dois atributos são parte intrínseca do âmago da Ditadura a saber; A Corrupção e a Fraude. Nenhuma ditadura sobrevive sem a aplicação diária e ininterrupta dos referidos atributos, quanto mais longeva é a ditadura mais absolutamente Corrupta é, e mais requintadamente Fraudulenta. Não há uma ditadura ‘justa, honesta e bem-intencionada’ politica e socialmente, a marca registada da ditadura é inquestionavelmente; A PERVERSIDADE.

 

Para a prossecução dos seus objectivos maquiavélicos, regra geral a ditadura, socorre-se do poder das armas, isto é da INTIMIDAÇÃO; violência, traduzido na prática pelo contínuo desprezo da lei e da legalidade, nunca cumprem com a lei que eles próprios ‘fabricam’ e promulgam, a lei só é boa a medida que servem os seus interesses, pois a corrupção e a fraude constituem as balizas da ilegalidade (entenda-se da sobrevivência da Ditadura), a violência gratuita é sem-rodeios accionada para garantir a manutenção e a implementação da corrupção e da fraude.


A violência, traduz-se também no ambiente de permanente medo e de constante suspense ‘vigia’ policial que paira sobre a sociedade e em todas as actividades sociais, as prisões ilegais e selectivos constituem pratica corrente, o endeusamento ao ditador é ‘Lei’ e o receio de desagradar o mesmo cobre a todos como um vírus maligno ou bebida inebriante.


A organização de eleições numa base regular, não faz da ditadura uma democracia, assim como o acobertar um lobo com pele de ovelha, não faz do lobo uma ovelha. As eleições são instrumentos utilizados pela ditadura para untar com uma camada de verniz supostamente democrática a sua essência ditatorial, e é precisamente na realização de pleitos eleitorais regulares que a ditadura faz cinicamente ‘justiça’ a sua ‘arte’: a FRAUDE a CORRUPÇÃO e por conseguinte da violência implícita e explícita.

 

Que ditadura já perdeu eleições por si convocadas e organizadas? Os participantes da maquina eleitoral em regimes ditatoriais, são regra geral indivíduos habituados e viciados ou ‘psico-dependentes’ da maquina da Corrupção e similares, pois não estão dispostos a ‘deixarem cair’ a maquina que ‘os alimenta’ (o pão dos filhos…dizem eles!) e os mantêm ‘endinheiradamente aparte’ da ‘populaça’ num mar de ilícita luxúria e orgia pecaminosa.


Não é possível, a aplicação da Fraude sem a Corrupção e vice-versa, ambos são o verso e o reverso de uma mesma moeda; A Ditadura. Em Angola a ditadura, socorre-se destes atributos com mestria. A pobreza endémica e a desorganização ‘caótica’ planificada pelos ‘cientistas’ do poder ditatorial manifestam o carácter pérfido, impiedoso e impar da ditadura a Angolana. A todos os títulos a Ditadura Cubana ao estilo dos manos Castro é um paraíso, comparado com o inferno a que os Angolanos encontram-se submetidos.


A DITADURA JÁ GANHOU!


Um governo que faz multiuso da violência gratuita, que ‘desconsegue’ resolver os problemas básicos do povo, mantém e atavia propositadamente a miséria exacerbada, expõe um acentuado desemprego entre as populações que governa, com maior incidência entre a juventude, realiza obras de péssima qualidade e que necessita sempre de ‘tapume’, um governo cujos governantes ou elenco, que face ao quadro aqui mencionado mantêm ou melhor exibem pecaminosamente uma promiscuidade de partir o coração, exibem um desmedido luxo, uma riqueza opulenta, um insensível e criminoso apetite para o saque do erário público, nunca cumprem promessas por eles proferida (vejam o que acontece com a suposta nova centralidade; Kilamba) preservam desatenção contínua e propositada ao bem-estar das populações fundamentalmente dos mais desfavorecidos, e ASSIM PROCEDE COM A MAIS ABSOLUTA NORMALIDADE, tal governo não perde eleições, já as ganhou antes mesmo da realização do pleito eleitoral.


Tal governo não tem na realização de pleitos eleitorais a certeza da sua continuada permanência no poder, pois diz (e assim se comporta) já a ter assegurado através das alavancas acima mencionadas.


É neste ‘andar’ e certeza que ‘ouvimos’ da descarada corrupção a que foram submetidos os jovens do MRIS, com atribuição de várias viaturas e outras benesses e a assinatura de um protocolo de cooperação com o partido dirigente (que bazófia?!), será que aconteceu o mesmo com o jovem Luaty Beirão? Será que tal aconteceu com dois conhecidos comentadores da TPA, cujas opiniões colidiram com o posicionamento anterior? É exactamente por isso que o MPLA-Jes não se dedica na resolução dos problemas do povo, é para manter TODOS e tudo sensíveis a actos corruptíveis.


Tem razão de sobra, Pulido Valente (jornal publico, de 03.02.2008) ao afirmar; “ Talvez convenha perceber duas coisas sobre a corrupção. Primeira, onde há poder, há corrupção. E onde há pobreza, há mais corrupção. Destes dois truísmos resulta necessariamente que quanto maior é o poder ou a pobreza, maior é a corrupção."


Que presidente dependente de eleições ou actos eleitorais em plena PAZ e véspera de eleições, ao ‘sair’ para o Talatona (exemplo), ‘espalha’ um dispositivo de efectivos armados, alguns de entre eles com RPG-7 num raio de 10Kms? Mantém propositadamente suspenso o tráfego aéreo por mais de quatro horas, alem de outras bizarras atitudes e exageradas e extravagantes medidas de protecção? Tal aberração é uma demonstração nítida e inequívoca, de que tal líder e o seu partido não perdem eleições, já as ganhou antes da realização do pleito eleitoral.

 

Que governo, ‘desconsegue’ dialogar com o povo, armadilha a ‘autorização’ de uma manifestação pacífica, enviando posteriormente esquadrões da morte, para semear a morte e o terror entre os manifestantes?


Um Partido governante, que ‘manda para as urtigas’ os interesses básicos da sua massa militante, não procede a regulares e transparentes/democráticos actos eleitorais no seu seio, cujo líder jamais foi eleito por um pleito democrático e plural, e que indica o seu sucessor na liderança do partido, como se tratasse de uma coutada familiar ou pessoal. Tal partido jamais Perde eleições.

 

A DENUNCIA DE SAMAKUVA


Samakuva denunciou semanas atrás e pelos vistos com muita propriedade ou melhor evidenciando provas aparentemente fidedignas da fraude no pleito eleitoral de 1992 e em 2008.


Três  ilações retiramos da chocante e oportuna denúncia do presidente da UNITA;


1.   A comunidade internacional, não é totalmente isenta. Como disse o meu amigo do Lote 22, se os “dólares falam alto… o petróleo fala mais alto”. O exemplo de Georges Soro e a célebre open society é o mais vivo exemplo do sádico e perverso poder do ‘ouro negro’. A comunidade internacional, com a Margareth Anstee a cabeça mostraram o caminho a seguir a Georges Soro.

 

2.   As eleições de 2012, para que seja realmente isenta da Fraude depende exclusivamente de nós, ANGOLANOS, contarmos com a comunidade internacional é uma ‘armadilha’ autêntica quimera, pois TODOS ELES SÃO CORRUPTIVEIS e põem-se despudoradamente ao serviço de “quem paga mais” e o MPLA-JES sabe-o sobejamente.


3.   A CEI é indispensável para que o próximo pleito seja de facto transparente e justas.
Claro a CEI é composta por homens e estes são corruptíveis, mas vale a pena tentarmos, isto é batermo-nos por uma CEI, como base de um pleito eleitoral, realmente justo e transparente.


Comparar Portugal ou qualquer outro País que possui uma CNE com Angola é uma flagrante injustiça, pois em Portugal por exemplo o 1º ministro ou o PR não detêm o poder absoluto, existe uma clara separação de poderes, o poder judicial não depende do executivo, em Angola todos sabemos a realidade vigente; PODER ABSOLUTO de JES.

 

Virgílio Fontes Pereira, esparramou-se a todo o comprimento quando afirmou que uma CEI não é composto de todo por orgãos ou homens independentes, porque por exemplo; a Rádio ecclesia fala mal do PR, quer dizer ninguém pode exigir ou reivindicar seja o que for, quem o fizer posiciona-se na opinião dos manufacturadores da ditadura no “outro lado da barricada” e classificado como ‘não independente’ ou não-de-confiança.


Os comentadores da TPA antes referidos, não rebateram os argumentos de Samakuva concernentes a fraude, limitaram-se apenas a ridicularizarem Samakuva e a UNITA, quer dizer seguiram os preceitos da ditadura. Chegaram inclusive a insinuar que manifestações nesta ‘altura do campeonato’ é contraproducente, fazendo recursos ao vocábulo dos especialistas do MPLA-Jes ao se referirem que manifestações é igual a desordem, na opinião de tais ‘especialistas’ o povo e a Juventude Angolana, não têm nenhum motivos de ‘reclamarem’ tudo esta na Santa paz de ‘dos Santos’ e que o povo só têm que dizer em uníssono; Ámen.


O FIM DA DITADURA


Fazendo uma correcta leitura da situação do dia 16 de Agosto com a promulgação ‘teórica’ do terror na casa das leis, através do estribilho; Sulanos! Assassinos! E de 3 de Setembro em Luanda com a acção brutal e terrorista das forças policiais, concluímos que nenhuma ditadura e a ditadura Angolana em especial, muito dificilmente cairá através de actos eleitorais.


Angola esta a destinada a ‘viver eternamente’ com uma ditadura? A fraude e a corrupção subsistirão eternamente?!...

…/…
"Muita coisa pode ser feita contra a corrupção e os seus caminhos não precisa de novas leis, nem de polícias, nem tribunais, precisa de políticos que se incomodem com o que vêem e que actuem politicamente."
 
"É verdade que o fim da corrupção não pode efectuar-se magicamente, por decreto. Mas é só meia verdade. Porque é por decreto que o cerco pode ser apertado e os grandes corruptos exemplarmente punidos." – João Marques dos Santos (Correio da manhã)
 
 
Nguituka Salomão