Washington –  Os Estados Unidos da America estimam que José Eduardo dos Santos (JES) poderá   resistir   por mais uma década a frente dos destinos de  Angola e prevêem  dois cenários para o  seu eventual  abandono do cargo de Presidente da República    que seria, desaparecimento físico ou  saída aos 85 anos impulsionado pelo factor idade.


Fonte: Club-k.net

Dizem que os seus interesses  não são  o  do MPLA

A  estimativa consta no  “Intelligence assessment”, delineado   a margem de uma conferência à porta fechada (off the record)   promovida,  no passado dia 17 de Janeiro, em arredores do distrito de  Virginia  pelo Conselho Nacional de Inteligência do Departamento de Estado de Estado  Norte Americano que   analisou Angola no após Eduardo dos Santos.


O “Intelligence assessment” dá  conta que os americanos não acreditam nas historias   de que JES  deseja, nos próximos anos,  passar o poder para um  substituído, em caso de vitoria do seu partido. Por outro lado,  argumentam   que o mesmo poderá se manter por mais 15 anos no poder.  Tal  afirmação   é apoiada em  analises  segundo a qual  o preço do petróleo  ira manter-se alto nos próximos 10 anos   e que  com a conexão com a China altamente saudável, as redes de patrocínio irão manter o Presidente José Eduardo dos Santos por mais uma década e meia a frente dos destinos de Angola.


O “assessment”  observa que    o  Presidente da Republica  apoiou-se agora em figuras sem “eleitorado solido”, tendo por outro lado,  concluindo que está  cada vez mais claro que os interesses do MPLA não coincidem necessariamente com os de José Eduardo dos Santos.  A argumentação é  acompanhada de  uma  lista contendo  as diferenças entre os interesses de  ambos, de  JES  e  MPLA.


Quanto a sua relação com os militares,   o “Intelligence assessment” apresenta a guarda presidencial como sendo a chave da sua  sobrevivência. A  oposição angolana com destaque para UNITA, é, por exemplo,  apresentada  como estando   em desvantagem para fazer frente ao partido no poder. A apreciação  respeitante a oposição política,  dividi  a  visão dos “experts”  americanos que acompanham o dossiê Angola. As manifestações (desencadeadas por jovens),  são citadas pelos americanos  como iniciativas  que poderão constituir   uma “grande ameaça”, ao regime de José Eduardo dos Santos.

 

De lembrar que  as discussões promovida pela “Inteligência”  americana  foi realizada no sentido de colher “inputs”, para redefinição da política norte americana para com Angola  e foi acompanhada por   Theresa Whelan, que no Conselho Nacional de Inteligência  responde pelos assuntos africanos.

 

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