Segundo um documento do Ministério das Obras Públicas, a que a Angop teve acesso, em Luanda, trata-se das infra-estruturas em homenagem aos heróis da Batalha do Kifangondo (município de Cacuaco), do 4 de Fevereiro (Cazenga) e o cemitério monumento do Kuito (na província do Bié).

No âmbito do mesmo programa, acrescenta o documento, está prevista para Julho deste ano a conclusão das obras do Centro Cultural Agostinho Neto, na localidade de Catete (Bengo), que está a ser erguido para perpetuar os feitos e memória do primeiro presidente de Angola.

O documente refere ainda que constaram também das acções das Obras Públicas neste período, a reabilitação da parte exterior das fortalezas de São Miguel (Museu das Forças Armadas) e da Muxima (no Bengo), assim como o Museu de Antropologia.

A batalha do Kuito Kuanavale estará igualmente reflectida em monumento, ainda este ano, tendo o lançamento da primeira pedra para a execução do projecto ocorrido no mês de Março deste ano.

A batalha do Ebo (1987) e o acto simbólico do 4 de Abril (2002) estarão reflectidas em monumentos que serão erguidos futuramente nas províncias do Kwanza Sul e Moxico, respectivamente.

Neste momento estão em curso os trabalhos técnicos de preparação para o arranque destes dois projectos, inseridos no programa do Governo de Reabilitação e Construção de Infra-estruturas Sociais em curso no país.

A derrota do exército sul-africano na batalha do Cuito Cuanavale (sudeste de Angola) em 1987, forçou a alteração da estratégia do ocidente e da África do Sul, que optou por negociar o fim do seu envolvimento militar directo no conflito Angolano.

Foram assim concluídos os Acordos de Nova Iorque, em Dezembro de 1988, que permitiram a cessação das hostilidades militares entre Angola e a África do Sul, a retirada das forças Sul-africanas que ocupavam o sul de Angola desde 1982 e o início da descolonização da Namíbia.

A 04 de Abril de 2002 os generais Armando da Cruz Neto, então chefe do Estado-Maior-General das FAA, e Abreu Muengo "Kamorteiro", pela parte das ex-Forças Militares da Unita (FMU), assinaram o Memorando de Entendimento Complementar ao Protocolo de Lusaka, pondo assim fim ao conflito armado, na presença do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, comandante-em-chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA), e com o testemunho da comunidade internacional.

O acordo visou pôr termo ao conflito armado em Angola, garantindo, entre outras, a livre circulação de pessoas e bens, reconstrução de infra-estruturas e estabilidade económica, em suma, um desenvolvimento que já se verifica nos mais variados sectores do país.

Fonte: Angop