Lisboa - O Reverendo Elias Mateus Isaac, nasceu no bairro da canata, Lobito onde fez os estudos primários e Liceais. No ano a seguir a independência nacional, deixou o país para se refugiar na Namíbia e posteriormente na Zâmbia onde acabaria por fixar residência no campo de Refugiados de Maheba. Ai ingressou no Seminário Teológico de Mindolo - Zambia para mais tarde ser ordenado a Pastor. Logo após a ordenação, seguiu para o Kenya onde fez a licenciatura em Teologia.
Fonte: Club-k.net
Depois de terminada a formação no Kenya, tornou a regressar para o destino anterior onde é colocado como Pastor da “United Church of Zambia” na cidade de Kitue. Surgiu-lhe a vontade de regressar a Angola acabando por seguir para então chamada “terras livres de Angola” onde se juntou aos pastores que ai serviam o rebanho.
Em paralelo a actividade religiosa, o reverendo Elias Isaac, tornou-se professor do conhecido Liceu Nacional das terras livres. Deu aulas de Inglês e de outras disciplinas de discrição imprecisa. Os tempos livres era dedicado ao treinamento de equipas de Basketball e Handball.
Depois dos Acordos de Bicesse regressou ao Lobito. Surgiram os confrontos militares e o mesmo recuou para o Huambo onde permaneceu até a altura da assinatura do Memorando de Lusaka. É neste ano que se desloca a Luanda onde permanece por alguns meses até partir para os Estados Unidos da America, para fazer o mestrado em Teologia. No seu regresso a Angola passou a trabalhar para algumas organizações Internacionais incluindo a USAID, de que foi Chefe de Projectos. É actualmente Pastor da Igreja Evangélica Congregacional em Angola - IECA, tarefa que partilha com a função de representante da Open Society em Angola.
É referenciado como muito crítico em relação ao regime. Tem se batido contra a corrupção e em Agosto do ano passado teceu duras criticas sobre este tema numa palestra do "Quintas de Debate" da OMUNGA no Lobito. Chegou a afirmar que “Não existe nenhum regime corrupto que apoia a existência duma sociedade civil independente ou duma imprensa livre e independente” porque no seu entender “Os regimes corruptos e repressivos temem a informação e reprimem a informação para não serem expostos e desafiados”.
Nos contactos privados aconselha as pessoas formadas a usarem o seu saber para lutar pela justiça e dignidade da pessoa em Angola e em África. Discorda com o silencio da Igreja diante das injustiças. São lhe atribuídos dizeres segundo a qual a neutralidade da qual muito religiosos falam é um pretexto para se beneficiarem dos favores do poder.
Consta que terá sido sondado por sectores do regime para fazer parte do Conselho da Republica mas o mesmo recusara sob alegação de que se estava diante de “uma estratégia de captação.”