Luanda - Washington publicou recentemente um relatório no qual aponta o dedo a Angola como sendo um “País abusado” quando se trata de fazer “ajustes directos”. O documento não fica por aí. Diz também que Angola está minada de corrupção. Aqui chegados, é preciso dizer: “Alto, pára o baile!”.

Fonte: Club-k.net

Esclareçamos, de uma vez por todas, o seguinte: Quem abusa dos ajustes directos é o Titular do Poder Executivo (TPE) e Presidente da República (PR). Não são os angolanos. Não nos ponham todos no mesmo saco. Estamos juntos, mas não misturados. Sejamos justos: aos cidadãos o que é dos cidadãos e ao TPE o que é do PR. Aliás, o povo não é João Lourenço e João Lourenço não é o povo. Por isso, considero o relatório norte-americano injusto e carente de rigor.


Corrupção. Esta, agora, anda ao ritmo de uma “orquestra sinfônica” e em “perfeita harmonia”, sob a batuta de um novo maestro: João Lourenço! A podriqueira soma e segue a um ritmo mais silente e aparentemente selecto entre os “governantes de turno”. Quase nada mudou. Está tudo como dantes ou pior.


O TPE e PR não só abusa dos “ajustes directos”, como excede ilimitadamente do seu poder discricionário pelo facto de o “check-and-balance” em Angola ser uma irrealidade. Por exemplo, o TPE e PR usa e abusa dos tribunais. Corrompe os magistrados judiciais. Ninguém diz nada. Faz de “gato e sapato” os órgãos de defesa e segurança nacionais. Todo “mundo” fica calado.


O TPE e PR tem como auxiliares pessoas ligadas ao submundo. Os cidadãos e o País sabem. Só João Lourenço é que não. O TPE e PR tem assessores sem honra e dignidade. Tem chefes de departamentos ministeriais claramente associados à corrupção e até ao crime organizado, mormente ao tráfico de drogas. Mas isso não o incomoda. Até parece que se sente bem no meio de gente que se serve da política para delinquir. O SIC é uma instituição alegadamente composta por sicários profissionais e com carta branca do TPE para executar quem se lhe opõe.


Só os norte-americanos - ao que tudo indica - têm coragem de dizer como as coisas estão e vão em Angola. Mas também uma coisa é certa: só o MPLA pode travar os “excessos” de João Lourenço e tirar-lhe a vaidade. Que o MPLA siga, ao menos, o exemplo da FRELIMO. Ao menos isso!