Luanda - A História da Humanidade não tem sido frequente surgir líderes clarividentes, carismáticos, altruísticos, honestos, ousados, corajosos e justos. O «Carácter» é o cunho que identifica e distingue a qualidade da pessoa, a sua personalidade, o génio, o temperamento, a firmeza, a convicção, o credo, a energia, a vitalidade, o dinamismo e a prudência. A visão ou a prudência, fundam-se na sensatez, na percepção aguda, na análise profunda e na tomada de decisões coerentes, apropriadas, efectivas e realistas, que acautelam as situações desagradáveis e prejudicais ao bem-comum.


Fonte: Club-k.net

Capitalismo Selvagem, defendido por José Eduardo dos Santos

Ou seja, o «bem-comum», é um conjunto das situações materiais e espirituais que proporcionam a uma comunidade humana um bem-estar favorável ao desenvolvimento harmonioso dos indivíduos que a compõem. Importa dizer que, sem Fé inabalável e sem Coragem, a inteligência humana inibe-se, sem capacidade adequada de transformar-se numa matéria concreta. Pois, a visão de uma pessoa só se torna uma realidade concreta se passar pela prática, num procedimento de coragem, de firmeza e de dedicação. Um sujeito medroso e inerte, por mais lúcido que seja, não é capaz de manifestar o seu pensamento lógico e defendê-lo firmemente – pondo-o na prática.


A justiça é uma virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e atribuição do que é devido a cada um, sob os princípios da equidade e da solidariedade. Sem prejuízo aos factores do mérito e da meritocracia. Nesta lógica, a meritocracia é a forma de liderança que se baseia no mérito pessoal (assente nas qualidades acima referidas), em vez de se basear em riqueza, no estatuto social ou no nepotismo. Por isso, os líderes sábios e capazes distinguem-se pelas suas virtudes cardeais, que orientam seus pensamentos, equilibram seus julgamentos, impulsionam suas actividades e regulam suas condutas.


No fundo, a espécie humana, dotada de razão, isto é, da faculdade de distinguir entre a justiça e a injustiça, sempre pugnou pela verdade e pelo bem-estar social, como condição básica da vida. Pois, a Justiça funda-se na verdade; sem a verdade, não há justiça; e sem justiça, não há liberdade. Na essência, a liberdade é o poder de se determinar a si mesmo, em plena consciência, e após reflexão, e independentemente das forças interiores de ordem racional, isto é, da liberdade de decisão.


Quando uma causa funda-se na verdade e na justiça, inspirada por uma visão de um líder de grande estatura, de carácter forte, carismático e visionário, isso desperta a consciência popular, arrastando-se multidões de pessoas, num verdadeiro movimento de massas. Este fenómeno invulgar era típico das grandes marchas pela independência da India, na pessoa do Mahatma Gandhi; da luta pelos direitos civis da comunidade afro-americana dos EUA, na liderança do Martin Luther King, Jr; e da revolução sul-africana contra a segregação racial, por Nelson Mandela.


Na verdade, Angola se encontra numa época de viragem, em que os fenómenos actuais passam despercebidos. A dimensão destes fenómenos ficará patente nos próximos tempos. Esta realidade é tão notável na popularidade do Abel Epalanga Chivukuvuku dentro da sociedade angolana, sobretudo no seio da Juventude. Onde ele surge, por exemplo, o povo arrasta-se consigo, o envolve como se fosse um enxame de abelhas, em torno de sua Rainha, na qual depositam a fé, a esperança, a obediência e a liderança. O mais interessante, nestes eventos, é do Abel Chivukuvuku desparecer no meio da multidão, no calor humano intenso, de encanto, de suor e de inspiração, sem hesitação. Nessas circunstâncias, de grande agitação, têm sido um grande desafio ao asseguramento, por parte do entourage e dos serviços de segurança do Estado.


A título de exemplo, nos últimos actos de massas, do Negage (24-02-17), da Cidade do Uíge (25-02-17), do Lobito (11-03-17), da Cidade de Benguela (09-03-17) e do Cubal (12-03-17), este fenómeno, de movimentação intensa de multidões, em torno do Chivukuvuku, foi patente. Sendo um observador atento e crítico, dei conta disso, sentindo na minha alma a presença implícita de um Messias; uma pessoa esperada ansiosamente como libertador. Pois, o Povo cantava, dançava, encantava, agitava-se, misturava-se e cruzava-se, em baixo do sol ou de chuva – em plena alegria.


Repare que, ao contrário dos outros partidos, este movimento intenso de massas é feito de forma livre e espontânea, sem coacção e sem transportação de pessoas de outras localidades, municípios e províncias distantes, e concentrá-las num local do evento. A filosofia do Abel Chivukuvuku baseia-se no princípio de que, os actos políticos de massas da CASA-CE devem ser feitos no local do evento, com a população residente. Isso permite avaliar a presença da CASA-CE desta área, bem como a pulsação das massas nesta localidade.

 
Interessa-me recordar que, a História da Humanidade repete-se, de tal sorte que, quando surge Homens de História, que provocam mudanças profundas nas sociedades, na sua génese, passam despercebidos. Os exemplos mais contundentes, são do Mahatma Gandhi, do Martin Luther King e do Nelson Mandela, que arrastavam consigo multidões de gente nas suas campanhas, nas marchas, nos comícios, nas palestras e nas pregações.

 
Portanto, a minha reflexão não visa fazer uma analogia ou um estudo comparativo das Grandes Figuras da História da Humanidade, mas sim, tomar nota do carácter, dos ideais e do credo que caracterizavam essas personalidades de renome. A Tese, «Satya graha» (em Hindu), de Mahatma Gandhi, significa, «a Força da Verdade, sem Violência». Tendo sido o instrumento mais poderoso do Mahatma Gandhi, na sua cruzada pela independência da India. Esta Filosofia Pacifica tivera sido adoptada por Martin Luther King e por Nelson Mandela, contra a discriminação racial nos Estados Unidos da América e na Africa do Sul, respectivamente.


Na realidade, o Abel Epalanga Chivukuvuku é um defensor acérrimo da luta pacífica e da mudança positiva, que engloba todos membros da sociedade angolana, sem quaisquer formas de exclusão ou de discriminação. Essa política, de matriz patriótica, tem impacto enorme no seio da sociedade angolana, onde o espirito de violência, de discriminação politica e de exclusão social é dominante. Portanto, o patriotismo multipartidário, multicultural, multiétnico e multirracial do Abel Chivukuvuku, que está enraizado nos valores democráticos, tornou-se um instrumento potente de sensibilização politica e de consciencialização da sociedade angolana. Ter adoptado, neste respeito, a política de aproximação às outras forças políticas e às organizações da sociedade civil, em busca de sinergias para uma mudança efectiva do sistema político do País.


Na verdade, feita uma análise profunda da sociedade angolana, nota-se nitidamente uma cultura bem arreigada na violência, na exclusão, na corrupção e na cleptocracia, como sendo a Doutrina formal do Estado. Manifestando-se, acima de tudo, na má-governação, na insensibilidade, na arrogância, na indiferença, na negligência, na incompetência, na mediocridade, na indisciplina, na anarquia, no favoritismo, no nepotismo, na segregação, na intriga, na calúnia, na injúria, no revanchismo e no individualismo liberal. Angola é um Estado excessivamente centralizado e partidarizado, onde a separação dos poderes Executivo, Legislativo e Judicial só existe na teoria, sem nenhum reflexo material na prática da governação, da legislação e da administração da justiça.


Quanto ao individualismo liberal, referido acima, é um preceito que defende o enriquecimento individual por vias menos transparentes ou ilícitas. Pondo de parte toda a obrigação da justiça social, da honestidade, da probidade, da ética, da moral, do altruísmo e da solidariedade humana. Pensando só em si próprio, na base do egocentrismo, da opulência e da superfluidade. Assim, que se caracteriza o regime angolano, do MPLA, como forma da alienação social e da manutenção do poder político autoritário, incompetente e corrupto.


Alias, o Capitalismo Selvagem, defendido por José Eduardo dos Santos, como meio de fomentar a Classe Capitalista dominante, situa-se no Conceito Filosófico do Individualismo Liberal. O MPLA adoptou esta política, do capitalismo selvagem, como forma de estabelecer o monopólio económico-financeiro, capaz de condicionar a sociedade angolana, e domesticá-la, na imposição da hegemonia política partidária, que visa a eternização do poder politico.


Por este meio, tornara-se viável a acumulação de mais de 85% do Capital Financeiro Angolano nas mãos do Presidente Angolano, dos seus filhos e do «círculo interno» do poder, em que fazem parte do esquema, General João Gonçalves Lourenço e Dr. Bornito Sousa, Candidatos do MPLA às Eleições Gerais de 2017. Este Circulo do Poder saqueara e delapidara o Cofre do Estado Angolano, mergulhando o País na falência, que degenerou-se na crise económico-financeira profunda. Este é o quadro real de Angola de hoje, que constitui um grande desafio ao País, que se encontra numa Marcha Cruzada para a Mudança efectiva do Sistema Politico.


Em Síntese, os eleitores angolanos, neste ano, de 2017, têm apenas duas alternativas: «de votar na mudança efectiva» ou «de votar na continuidade do regime actual» – de Corrupção e de Cleptocracia.