Huambo - O governador da província do Huambo, João Baptista Kussumua, admitiu quarta-feira haver morosidade nas obras de asfaltamento do troço rodoviário Cuima (Huambo) e Cusse (Huíla), num percurso de 65 quilómetros.

Fonte: Angop
"Acho que esta importante obra devia ter avançado um pouco, mais infelizmente o empreiteiro apresentou-nos alguns constrangimentos relacionados com a chuva", disse o governador em declarações à imprensa, após constatar o andamento da referida empreitada, iniciada em Outubro de 2017.

Disse que a falta de combustíveis, segundo o empreiteiro da obra, constitui igualmente um dos principais constrangimentos, uma vez que para o normal funcionamento das máquinas precisa-se, em média mensal, 90 mil litros de gasóleo.

Para ultrapassar os constrangimentos, Kussumua disse que o Governo do Huambo está a trabalhar com o Ministério da Construção para, de forma conjunta, resolver a questões do combustível, com vista a conclusão do processo de terraplenagem e, posteriormente, a execução de outros trabalhos que antecedem a asfaltagem do troço.

Afirmou que o Governo pretende concluir o mais rápido possível as obras de construção do troço Cuima/Cusse, na estrada nacional 354, para facilitar as trocas comerciais entre Huambo e Huíla.

"Esta via pode responder as grandes preocupações de circulação de pessoas e bens, ao encurtar o tempo percorrido entre Huambo/Huíla/Cunene e a República da Namíbia, constituindo-se num importante factor de desenvolvimento económico", enfatizou.

Com 65 quilómetros, sendo 45 pertencentes à província do Huambo e outros 20 à  Huíla, a obra está orçada em seis biliões 496 milhões 246 mil e 847 Kwanzas.

O nível de execução da obra, com término previsto para Novembro deste ano, encontra-se a oito porcento, depois dos trabalhos de terraplenagem, alargamento das plataformas e colocação dos inertes ao longo da via.

A mesma incorpora a reabilitação das pontes sobre os rios Calai I, com 81 metros de cumprimento e 11 de largura, Calai II com 12 metros de cumprimento e 11 de largura, Livuvu, 16 metros e 11 de largura, e Kuando, com 82.5 metros de cumprimento e 11 de largura.

Governador orienta construção de incineradoras para o lixo hospitalar

Outrossim, João Baptista Kussumua orientou a construção de pequenas incineradoras do lixo hospitalar nas unidades sanitárias, para evitar a sua exposição em locais impróprios. Em declarações à imprensa no final de uma visita a algumas unidades sanitárias para avaliar o seu funcionamento, principalmente em matéria de higienização, o governante considerou fundamental que todas  instituições tenham pontos próprios para o depósito e incineração de lixo.

Estes pontos, prosseguiu, deverão ser cadastradas pelo Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA), para que os mesmos estejam identificados, à semelhança do Centro Materno Infantil “Doutor António Agostinho Neto”, cujas condições de higiene são satisfatórias.

Lembrou que o lixo hospitalar representa um risco à saúde humana e ao meio ambiente, se não houver adopção de procedimentos técnicos adequados no manejo dos diferentes tipos de resíduos como, materiais biológicos contaminados com sangue ou patógenos, peças anatômicas, seringas e outros materiais plásticos, além de uma grande variedade de substâncias tóxicas, inflamáveis e até radioactivas.

Ainda assim, João Baptista Kussumua elogiou as condições de higiene das unidades sanitárias, com destaque para o Centro Materno Infantil e do Hospital Municipal do Huambo.

A visita do governador iniciou no Centro Materno Infantil, inaugurado em Abril de 2017, no bairro do Capango, arredores da cidade do Huambo, com a capacidade para 42 camas. Em seguida constatou as condições de incineração do lixo sanitário nos hospitais central e municipal do Huambo.

A situação do atendimento médico e medicamentoso aos pacientes, numa altura em que a província contínua assolada pela malária, mereceu também atenção do governador.