Luanda - Os doentes renais querem o reconhecimento da sua condição de pessoa com deficiência, para beneficiar da protecção legal com base na Lei da Pessoa com Deficiência, informou hoje, quinta-feira, a secretária-geral da Associação de Defesa dos Direitos dos Insuficientes Renais de Angola (ADIRA), Palmira Silva.

Fonte: Angop

A responsável falava no 1º workshop sobre “O doente renal: sua integração social e profissional – análise da actual conjuntura e contributo futuros”, que visou discutir a inclusão e igualdade de oportunidades para os doentes renais.

 

Os doentes renais apresentam vulnerabilidade e enfrentam inúmeras limitações na vida, porém, apesar disso, não possuímos os benefícios de nenhuma lei angolana, por isso, se estivéssemos incluídos na Lei da Pessoa com Deficiência ( Lei 21/12 de 30 de Julho), com certeza beneficiaríamos de muitos programas sociais do estado”, disse.

 

Adiantou que a ausência de uma lei que proteja e defenda esses doentes tem diminuído a esperança de vida de muitos, bem como aumentado o preconceito por parte das empresas e da própria sociedade.

 

Muitos doentes, apesar da patologia, ainda possuem força e vontade de trabalhar, mais sentem-se discriminados e rejeitados pelas empresas, mesmo apresentando o relatório médico, e a sociedade.

 

Pede ao Ministério da Saúde (MINSA) para criar uma comissão técnica para o acompanhamento dos serviços de hemodiálise, bem como programas, na perspectiva da prevenção, que considera ser a melhor estratégia.

 

A exiguidade de medicamentos nos centros continua precária, por isso, além do Ministério da Saúde, outros sectores deveriam colaborar para a sua melhoria.

 

Para si, o foco principal não deve ser a doença mas sim o doente, acrescentando que a ADIRA quer trabalhar para dar a conhecer as necessidades dessa doença e, melhorar a qualidade de vida dos portadores.

 

Fundada em 2016, a ADIRA conta actualmente com mais de uma centena de associados.