Luanda - Em Angola, de acordo com agencia Lusa,  a UNITA critica o Governo de Luanda pelo apoio que vem dispensando ao ainda presidente marfinense, Laurent Gbagbo. Com efeito, o embaixador angolano na Costa do Marfim assistiu em 4 de Dezembro à investidura de Gbagbo para um novo mandato após eleições que a ONU considerou fraudulentas. E o presidente José Eduardo dos Santos continuou, business as usual, a receber os representantes do controverso presidente, como fez em 6 de Dezembro com um conselheiro especial de Gbagbo.


Fonte: Lusa/RR

 Laurent Gabgdo  será deposto

Pior ainda, os mercenários que estariam lutando ao serviço de Gbagbo provêm, alegadamente, de Angola e da Libéria. Em aparente alusão a estas acusações, o dirigente  da UNITA Alcides Sakala declarou denunciar "com muita energia a ingerência de Angola nos assuntos internos da Costa do Marfim".


Países africanos fazem ultimato a Gbagbo


A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) lançou hoje um ultimato ao Presidente em exercício da Costa do Marfim .

 

Os 15 países que compõe a organização avisam que Laurent Gbagbo deve abdicar da presidência, caso contrário será deposto pela “força legítima”. O anúncio sai de uma cimeira de emergência, que terminou ao final da tarde na capital da Nigéria.

 

A CEDEAO, que inclui países como Cabo Verde, Guiné-Bissau ou Angola, também decidiu promover uma reunião dos chefes militares dos respectivos Estados. Vai caber-lhes traçar o plano para uma possível intervenção militar na Costa do Marfim, caso o actual presidente não ceda aos apelos da comunidade internacional e abandone o cargo.

 

Os países africanos anunciaram no final da cimeira de hoje que um enviado especial vai deslocar-se à Costa do Marfim, para uma derradeira solução diplomática para o impasse político.

 

As contas do Estado marfinense foram congeladas, o que ameaça deixar o auto-proclamado Presidente sem verbas para pagar aos funcionários públicos, mas sobretudo aos militares, nesta altura tidos como essenciais para manter este braço de ferro.

 

O Banco Mundial também decidiu congelar 800 milhões de dólares do financiamento previsto para a Costa do Marfim.

 


Depois de reconhecer Alassane Ouattara como o Presidente eleito, as Nações Unidas reconheceram, entretanto, todos os diplomatas apresentados pelo novo chefe de Estado como únicos representes daquele país.

 

O governo designado por Ouattara fala em crimes de guerra em curso no país com a perseguição aos opositores do regime vigente. Pede mesmo que os responsáveis pelas 143 mortes e mais de 400 detenções sejam investigados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

 

Países como França, Alemanha e Portugal apelaram esta semana aos seus cidadãos para abandonarem o país. A Holanda enviou hoje um navio para fazer o repatriamento.