Luanda - O Partido de Renovação Social (PRS) exortou nesta sexta-feira, 24, em Luanda, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola a "desempenhar o seu papel com ações, gestos e atitudes que deem mostras de estar interessada em conduzir um processo (eleitoral) livre e transparente".
Fonte: LusaA posição deste partido, concorrente às eleições gerais de 31 de agosto, foi expressa numa conferência de imprensa para manifestar as suas preocupações com o andamento do processo eleitoral. "Começou a contagem regressiva para o dia da votação e muitas tarefas que deviam concorrer para a credibilidade do processo estão por realizar ou foram realizadas sem obedecer à lei que regula as eleições", disse o secretário-geral do PRS e candidato do partido à vice-Presidência, Benedito Daniel.
O PRS entende que "a imparcialidade" da CNE seria "um elemento acalentador" para o bom andamento do processo, mas, lamentou: "as coisas não se encaminham nessa direção".
Benedito Daniel enumerou as várias preocupações ligadas à preparação do processo eleitoral, de que destacou a excessiva cobertura das actividades do MPLA, partido no poder, pela imprensa estatal, a "retirada e vandalização" da propaganda do PRS pelos militantes do partido governamental, entre outras. A concluir, o PRS lembrou à CNE que o seu papel "não é complicar o processo (eleitoral)".
Por outro lado, o secretário geral do PRS defendeu que a CNE deve subordinar a sua actuação à Lei Orgânica sobre Eleições Gerais. De acordo com o mesmo, o seu partido exige à CNE para suprir todas as lacunas inerentes ao credenciamento dos delegados de lista dos partidos concorrentes, a publicação e a afixação dos cadernos eleitorais, bem como as imprecisões dos cadernos, segundo o pedido do local de voto solicitado pelo eleitor.
O PRS pretende igualmente que, a CNE faça a numeração de todas as assembleias de voto, para o bem do processo eleitoral, assim como a retirada dos aparelhos de fax e outros meios tecnológicos, para a transmissão dos resultados eleitorais, das administrações municipais.
Segundo disse, o PRS pretende que a CNE evite a distribuição antecipada de boletins de voto às assembleias de voto, assim como proceda a revisão da composição dos centros de escrutínio e a conforma-los com o número 4, do artigo 116, da Lei 36/11, de 21 de Dezembro de 2011 (Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais).