Luanda  -  Abel Epalanga Chivukuvuku, actual candidato presidencial pela CASA-CE as eleições de 31 de Agosto é um dos mais notáveis políticos da sua geração. Iniciou a sua carreira na UNITA onde se tornou  conselheiro político do líder histórico  Jonas Savimbi.


Fonte: Club-k.net

Nascido a 11 de Novembro de 1957, na localidade de Luvemba, município do Bailundo, província do Huambo (planalto central) é filho de Pedro Sanjando Chivukuvuku e de Margarida Chilombo Chivukuvuku.  É casado com Maria Vitória Ferreira Chivukuvuku e pai de três filhos.

Em 1975 frequentou o ensino secundário no Liceu Norton de Matos, no Huambo. Em 1986 formou-se em telecomunicações militares e serviços de inteligência militar na Alemanha e em 1988 diplomou-se em língua inglesa na universidade de Cambridge, no Reino Unido.

Licenciou-se em 2001 em Relações Internacionais na África do Sul, onde se especializou em Administração do Desenvolvimento e Comunicação.  Concluiu igualmente um mestrado em Relações Internacionais pela mesmo instituição (University of South Africa).

Abel Chivukuvuku ingressou na UNITA em 1974, primeiro na organização juvenil e mais tarde,em 1979, como militar do braço armado da organização, tendo sido tenente e exercido o cargo de chefe adjunto dos Serviços de Telecomunicações Externas do movimento, em Kinshasa (RDCongo).

Entre 1982 a 1986, já como tenente-coronel, foi chefe adjunto dos Serviços de Inteligência Militar da UNITA e, entre 1987 e 1988, representante adjunto da organização em Portugal, seguindo depois para o Reino Unido onde exerceu idênticas funções .

Com a patente de brigadeiro, entre 1989 e 1991 representou a UNITA junto da ONU e dos países do Leste Europeu, tendo sido depois nomeado chefe adjunto da delegação da UNITA na Comissão Conjunta Político Militar (CCPM).

Em 1992 foi designado secretário das Relações Externas da UNITA e mandatário eleitoral da lista de candidatos deste partido às legislativas e da candidatura de Jonas Savimbi às presidenciais, cuja primeira volta se realizou em simultâneo.

Em 1993 foi ferido nos confrontos militares de Novembro em Luanda e mantido sob custódia das autoridades governamentais quase durante um ano.  A sua detenção ocorreu num momento quando dirigentes da UNITA procuravam deixar Luanda que estava sob fogo e a sua coluna alvejada  por milícias  governamentais. Foi atingido nas pernas e o seu guarda costa, o levou para uma casa até ter sido socorrido pelo general Faisca das FAA. Nos hospital, o seu caso denotava “complicado” e as autoridades teriam orientado aos médicos que o amputassem as pernas. Uma figura teria se apercebido e avisou a sectores diplomáticos sobre as “orientações” do regime aos médicos e estes intercederam as autoridades para que não fizesse isso.. Foi assim que foi depois enviado para Alemanha para se tratado das pernas. Enquanto esteve no hospital recebeu visita de varias personalidades nacionais e internacional com destaque para Jefrey David, na altura sub secretario norte americano, para os assuntos africanos.

Depois de curado voltou a actividade política e  entre 1995-96 foi assistente político permanente de Jonas Savimbi, tendo sido escolhido como enviado do presidente da UNITA junto do chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.

Como parlamentar foi líder da bancada da UNITA entre 1997 e 1998.

Depois do fim da guerra em Angola (2002) foi secretário para os Assuntos Parlamentares e director da candidatura de Isaías Samakuva à presidência da UNITA, no último congresso realizado em 2003, que o elegeu secretário para os Assuntos Constitucionais e Eleitorais.

No primeiro trimestre de 2012 saiu da UNITA para fundar a Convergência Ampla de Salvação de Angola que o tem como cabeça de lista as terceiras eleições em Angola.


Durante a carreira política de  38 anos, participou em inúmeras missões diplomáticas, tendo-se encontrado com vários Chefes de   de Estado e outras entidades governamentais em Africa, Europa e América.  Participou e dissertou em várias conferências e foruns Nacionais e Internacionais.