Luanda – O Partido de Renovação Social (PRS), que foi o quarto mais votado, com 98.233 votos (1,70%) nas eleições de 31 de Agosto, manifestou-se insatisfeito com estes resultados e disse que a situação continua a merecer análise dos seus membros. Reagindo aos resultados finais divulgados sexta-feira pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), o secretário para informação dessa formação política, Joaquim Nafoia, afirmou que os mesmos não estavam de acordo com as suas previsões e que, por essa razão, iriam reunir para fazer uma avaliação mais cuidada.
Fonte: Angop
“Vamos nos pronunciar melhor durante a próxima semana em relação a todo o processo eleitoral, enquanto efectuamos uma contagem paralela para podermos contrapor aos resultados finais divulgados pela CNE”, deu a conhecer.
Acrescentou que em função disso iriam trabalhar nos aspectos internos e externos que estiveram na origem do “mal”, visto que o partido manteve sempre a terceira posição nos desafios eleitorais anteriores, isto é, em 1992 e 2008.
“Os resultados obtidos nessas eleições não significam o fim do partido, porque é um processo e em função da avaliação que será feita vamos nos precaver para os próximos desafios eleitorais porque afinal na política há momentos altos e baixos e este é um dos momentos baixos do partido”, reconheceu o político.
Joaquim Nafoia disse não saber ao certo se iriam ou não aceitar os resultados das eleições gerais de 31 de Agosto. Posição essa que, segundo ele, será tomada em reunião interna dos membros do partido, a realizar proximamente.
No cômputo geral, de acordo com a CNE, o PRS elegeu três deputados, dois pelo círculo nacional e um na Lunda Sul, menos cinco em relação ao período legislativo de 2008.
Joaquim Nafoia recusou-se, no entanto, a felicitar o partido MPLA que venceu estas eleições com 4.135.503 votos (71,84) e conquistou 175 lugares, de um total de 220 deputados que integrarão o próximo parlamento.
Pelo círculo nacional o MPLA alcançou 94 assentos e pelos provinciais 81, sendo que no Bengo, Huíla, Malanje, Namibe, Moxico, Uíge, Kwanza Sul, Cunene e Kwanza Norte obteve cinco lugares, ao passo que em Benguela, Huambo, Kuando Kubango, Cabinda, Luanda, Lunda Sul, Lunda Norte e Zaire conseguiu quatro. No Bié, o MPLA ficou com três lugares.
Comparativamente a 2008, o MPLA fica com menos 16 deputados. Enquanto isso, a UNITA, segundo colocado, com 1.074.565 votos (18,66%), conquistou 32 lugares, mais 16 do que em 2008, sendo 24 pelo círculo nacional e oito pelas províncias.
Na província do Bié elegeu dois parlamentares, enquanto em Benguela, Huambo, Kuando Kubango, Cabinda, Luanda e Zaire conseguiu eleger um representante para o Parlamento.
A coligação CASA-CE, terceiro na votação, com 345.589 votos (6%), conquistou oito cadeiras, todas pelo círculo nacional. A FNLA é a quinta força política representada no parlamento com um total de dois assentos, pelo círculo nacional, menos um que no período anterior. O partido recebeu dos eleitores 65.163 votos (1,13%).
Os restantes concorrentes, como FUMA, Nova Democracia, CPO e PAPOD, não estarão presentes na futura Assembleia Nacional.
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