Ndalatando – Cerca de 603 novos casos de tuberculose, com um saldo de 21 óbitos, foram registados pelas autoridades sanitárias da província do Kwanza Norte, de Janeiro a Setembro do ano em curso. Segundo o responsável do Programa de Luta e Controlo da Tuberculose na região, Barros Francisco Pegado, houve redução de 78 casos, em relação ao mesmo período em 2011, sendo os municípios de Cazengo, Kambambe, Golungo-Alto e Kiculungo os mais afectados.
Fonte: Angop
O responsável revelou a aposta do sector na elevação da consciência dos pacientes sobre a necessidade do cumprimento rigoroso dos conselhos médicos e afluência regular aos tratamentos, como principais vias para a cura da doença.
Barro Francisco referiu que os doentes submetidos a tratamento contra a tuberculose são considerados curados apenas após oito a 12 meses de terapia regular, para os adultos, e consequente reavaliação terapêutica seis meses após o tratamento.
Dos doentes assistidos durante o período em referência, continuou, 603 foram tratados em regime ambulatório e 20 outros encontram-se internados, por encontrarem-se em estado avançado da enfermidade.
Barros Francisco caracterizou a província do Kwanza Norte como endémica à tuberculose, mas garantiu que a situação encontra-se sob controlo das autoridades sanitárias, justificando existirem condições médicas e medicamentosas para atender todos os casos que acorreram ao centro provincial de tratamento da doença
Ainda de acordo com a fonte, a província conta actualmente com centros de diagnostico e tratamento da tuberculose em apenas três, dos 10 municípios da província: Cazengo (sede provincial), Kambambe e Lucala, onde se constata actualmente uma ligeira redução dos casos da doença, fruto das acções do sector direccionadas à mobilização dos cidadãos sobre as medidas de prevenção e consequente reforço das acções de combate e tratamento da patologia", referiu.
Entre as principais causas dos casos de tuberculose registados na província, Barros Francisco apontou o consumo desregrado de álcool e do tabaco, a má nutrição, as doenças oportunistas, como diabetes e o VIH/Sida e ainda a baixa condição social da maioria dos afectados.
Apontou a exiguidade de meios técnicos, sobretudo de laboratório, associada à falta de pessoal especializado para o diagnóstico e tratamento da doença, bem como a falta de um dispensário provincial com condições de internamento dos pacientes em estado avançado da enfermidade, como principais factores que obstaculizam o prosseguimento normal do combate à enfermidade e extensão do programa a todos os municípios do Kwanza Norte.
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