Luanda – Recentemente mudei para uma das zonas da cidade capital que sempre julguei ser uma zona aconchegante, privilegiada e tranquila, face a disposição geográfica (entre Vila-Alice, Terra Nova) o bairro Nelito Soares para muitos também é conhecido como as Bs e Cs, eu estou é na B-1, propriamente, na rua do Kilamba, local apelidado face a presença de um recinto que para uns é Centro Cultural e Recreativo Kilamba, outros não passa de salão de festas, alguns é o “Quintal dos Caldos” e para todos os moradores unanimemente é o “Centro da Poluição Sonora”.

Fonte: Club-k.net

Há bastante tempo que nós moradores da referida zona (B1) não conseguimos descansar durante o período nocturno, uma vez que o local conta com uma sequência de maratonas festivas e abusivas durante toda a semana cujo seu termino vai até altas horas da madrugada.

Várias são as reclamações junto de entidades (in)competentes Ministério da Cultura; administração local; polícia nacional, fiscalização e gerência do referido espaço, sendo que em todos encontramos uma única resposta "sabem de quem é o KILAMBA? Isto é do M...”

Não sou contra as casas de promoção de eventos culturais, apenas não aceito quando “as tais casas” não reúnem os requisitos necessários para a realização das suas actividades (espaços fechados a prova de som), tornando-se bastante chato submeterem-nos a aturar toda lumpenagem musical e não só que o recinto oferece.

Peço as entidades competentes, que vejam esta situação e escusam de fazer ouvidos de mercador diante das reclamações dos cidadãos de bem. Se não for por nós ao menos respeitem o que está plasmado na Lei, até porque temos todos consciência que esta situação é um atentado ao cidadão e poluição sonora também é punível por Lei.

Estamos cansados de ser incomodados sempre, de sofrer calados e sem contar com o apoio das entidades competentes. Estão a espera que aconteça sabotagens de vária ordem para poder nos ouvir???? Pensamos que não, porque se assim for, podem crer que não levarão a melhor até porque vocês melhor do que ninguém sabem o que representa aquela zona em termos de sabotagens.

Entendemos que o "tal" espaço tem servido para muitos como refúgio para o lazer, para a vadiagem, para a boémia, para o convívio de gerações, para o acesso ao consumo de álcool barato e engates de vária ordem, o que para alguns órgãos faz parte da CULTURA.

Por favor senhores (IR)RESPONSÁVEIS do Kilamba, está na hora de respeitarem as pessoas que residem na B1 e não só. Não pensem que a prepotência será sempre bem recebida por aqueles que vocês julgam incapazes de agir... De momento estamos a avisar, depois não digam que não foram avisados, o mesmo apelo vai aos órgãos do Estado competentes para a reposição da legalidade no FAROESTE que hoje se tornou o KILAMBA e seus promotores e adeptos.

Pensem no assunto e mudem de atitude.

Moradores identificados