Benguela – Os placares das obras já iniciadas por trás da residência oficial do governador de Benguela indicam que as quatro vivendas para os três vices e um ilustre desconhecido vão custar aos cofres do estado 800 mil dólares cada e que as mesmas são de função.
Fonte: Folha8
Com uma arquitectura moderna onde sobressai uma requintada zona verde e piscina para cada vice-governador, a construção das luxuosas residências levaram a destruição da área livre e um campo de futebol de referência na cidade de Benguela que servia para bons “trumunos” entre zonas onde se exibiam grandes nomes da bola entre amadores e profissionais.
A estratégia ou projectos que visam a construção de residências de função para os funcionários do estado são no entender da opinião pública das acácias rubras bem vindas, embora no caso de Angola e de Benguela em particular a realidade leva a vários exercícios em termos de análise.
No seio da sociedade civil é ponto assente com base na lógica da casta dos governantes do país que qualquer dirigente ao nível de governador até ao escalão de director provincial é possuidor de várias residências incluindo no exterior do país. E a atribuição de uma casa de função é mais uma oportunidade para arrendarem as suas residências particulares, as vezes ao próprio estado, defenderam, fontes do Folha 8.
As críticas as luxuosas residências dos “vices” apontam ainda para o contraste do pensamento do executivo da Praia Morena em relação ao tipo de residências de função que é dada aos professores e enfermeiros nos municípios do interior.
Para além de serem consideradas como “tostadeiras” pelos seus beneficiários, dado as curta dimensões e o seu material de cobertura, não dão qualquer dignidade as profissões tão importantes no actual contexto do país, mas aos cidadãos por exercerem cargos públicos (vices), não se hesitou em gastar mais de 3 milhões de dólares para a sua privacidade.
As gran maison dos vices estão a cargo da empresa de construção civil portuguesa Ar Lindo, um grupo empresarial que entrou de repente no mercado de Benguela com uma carteira de obras que inveja muitos empresários benguelenses do ramo e que segundo fontes tem por detrás influentes homens do palácio da Praia Morena.