Luanda - Somos funcionários do BUE (balcão único do Empreendedor) e viemos por meio dessa carta mostrar a nossa indignação diante de vossa Ex.ª. Pelos seguintes motivos:
1. Atraso no pagamento de salários.
2. Explicações e apresentação da tabela salarial dos funcionários do BUE
3. Falta de materiais básicos para o normal funcionamento de muitos balcões a nível Nacional
4. Incapacidades de muitos coordenadores de balcões em cumprirem com as responsabilidades que lhes foram incumbidas.
5. A quem afinal os funcionários do Bué devem recorrer quando sentirem seus direitos violados.
1. Atraso no pagamento de salários.
Senhor Ministro, estamos muito descontentes e desmotivadosdevido ao atraso de nossos salários, uma vez que o Bue foi criado no âmbito do programa de combate a pobreza e o desemprego.
Até a data presente apenas alguns funcionários afectos aos Bues receberam algum incentivo monetário isso foi em Dezembro do Ano de 2012 um valor aproximado a 390.000.00 kz . isso para alguns referente a os meses deAbril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro e Novembro e dezembro de 2012. Se dividirmos 390.000.00kz por estes 9 meses da uma média salarial de43.333 kz mensal. Serão esses 43mil kwanzas o salário mensal para os funcionários do Bue? E se for porque todos os funcionários (excepto os colaboradores da imprensa nacional) receberam o mesmo valor em Dezembro, técnicos superiores, técnicos médios, empregadas de limpeza, seguranças etc.
Desde dezembro de 2012 até a o mês presente (Abril) não recebemos nem 1 kz sequer, será que o senhor ministro e seus colaboradores também estão esse tempo todo sem receberem nenhum Kwanza? E o que se passa com os colaboradores do BUe (imprensa Nacional, UTM, Banco) que não receberam nem sequer a mesquinha que os outros receberam em Dezembro, o que eles e suas famílias devem estar a comer?
Isso tudo vem mostrar que há uma certa desordem por parte dos responsáveis máximos do Bue e quem esta a sentir isso na pele somos nóscomo simples funcionários e para sermos sinceros o Bue está a piorar a qualidade de vida dos seus funcionários que talvez antes de serem enquadrados no ministério da justiça tinham seus negócios que lhes dava o sustento.
Aos responsáveis máximos do Bue se faz favor prestar mais atenção aos quadros humanos porque são eles que fazem as instituições funcionarem.
2. Explicações e apresentação da tabela salarial dos funcionários do BUE
exigimos que o órgão competente nos apresente a tabela salarial para todos os funcionários do Bue porque não é justo trabalharmos sem sequer saber quanto é que receberemos no final do mês fruto de nosso trabalho e suor e também fica difícil saber se estão ou não a desviar nossos salários. Não se admite em parte alguma um licenciado ganhar o mesmo salário que a empregada de limpeza, só mesmo em Angola.
Queremos mais transparência .
3. Falta de materiais básicos para o normal funcionamento de muitos balcões a nível Nacional
Há mais de 90 Balcões Bue espalhados por todo o território Nacional, e infelizmente muitos desses Balcões estão paralisados por falta de materiais para o seu normal funcionamento, tais como: tinteiros para as impressoras, material de escritório, acesso a internet, manutenção dos equipamentos etc.
Todos nós sabemos que a empresa denominada Step foi a responsável pela compra e instalação dos materiais informáticos a nível dos balcões Bue, e não demorou para esse mesmo equipamento começar a apresentar falhas num prazo inferior a um ano e não se fez nada quanto a isso, a mesma empresa quando era chamada para fazerem manutenção nos municípios mais recôdidos onde se calhar o senhor ministro atual e a ministra cessante nunca lá pisaram e nunca pisaram, a empresa acima citada mandava para lá seus técnicos e eles programavam as máquinas de maneira a que num prazo de um mês tivéssemos que lhes chamar denovo porque as maquinas eram programadas para bloquearem em um mês e a empresa saia a ganhar com isso porque prestava mais serviços e seus funcionários ganhavam cada vez mais com ajudas de custo a deslocação.Depois de muita reclamação de alguns coordenadores de Balcão, o ministério da justiça ludibriou-nos em substituir a empresa STEP pela MERAP, feliz ou infelizmente apenas a empresa mudou de nome porque os funcionários da STEP são os mesmos da tal de MERAP,resumindo nada mudou e os problemas com os equipamentos persistem isso porque a empresa que assiste as máquinas pertence a um membro de referencia no governo Angolano.
Se alguém tiver duvida quanto a paralisação de alguns balcões em angola é so viajar pelo interior das províncias de preferência municípios distantes das capitais de províncias
Estes problemas básicos e graves têm efeito negativo e direto na vida do cidadão que pretende recorrer aos nossos serviços afim de ver diminuída e acudida a sua condição de pobreza, baseando-se no que o executivo prometeu e porque criou os Bues. Desse jeito não estamos a cumprir com as orientações do camarada presidente da República e nem a honrar com o nosso compromisso com a população que já começa a nos chamar de mentirosos e que alguns mesmo chegam a dizer que isso apenas foi criado para campanha eleitoral do Mpla... quem ouve isso todos os dias são os funcionários comuns e não osdirigentes e desse modo para que se evitem tais especulações o governo Angolano deveria prestar mais atenção a estes pormenores .
4. Incapacidades de muitos coordenadores de balcões em cumprirem com as responsabilidades que lhes foram incumbidas.
Os coordenadores dos Balcões deveriam ser oficiais superiores da justiça mas não é isso que se verifica, em vários balcões os coordenadores são apenas técnicos básicos, e um técnico básico afrente de técnicos médios e superiores, o que origina senhor ministro? ....
5. A quem afinal de contas os funcionários do Bue devem recorrer quando sentiremseus direitos violados?
Até hoje não sabemos onde recorrer quando atropelam os nossos direitos, imaginem se o Ministério da Justiça que é o órgão que detém o poder judicial em Angola está a cometer esses atropelos as próprias leis que eles mesmo criaram, leis essas que regem o sector da justiça em Angola, então aonde devemos recorrer ou submeter as nossas queixas e desagrados?
Diante de todas essas atrocidades a pergunta que fica no ar é será que a única alternativa para vermos nossos problemas terá de ser a greve?
Sem mais outro assunto e sem intenções de ferir a sensibilidade de alguém, pedimos ao Ministério da Justiça Angolana, na pessoa do seu representante máximo que é o senhor Ministro Rui Mangueira, que dedica-se mais atenção ao funcionários do Bue e dos mais diversos departamentos afetos a justiça afim de se manter o bom nome e o funcionamento pleno do nosso ministério.
A todos os funcionários do Bué muita força e coragem. Tu li kuatihomungautcho tu tungui o fekalhetu