Luanda - A tomada de consciência da crise no actual desenvolvimento da TAAG, não chegou para desembocar senão de maneira parcial, insuficiente e limitada, para uma adequada acção da tutela, embora os sinais recomendem vivamente, correcções fase aos múltiplos indicadores, quer de natureza comercial, operacional e na estrutura corporativa.

Fonte: Club-k.net

A tudo isto combina-se o agravamento de diversas crises, acentuando-se os antagonismos, falta de conhecimento detalhado da aviação nos níveis a que nos reportamos, aos ódios-cegos, expedições punitivas, e total ausência de decoro e critérios, que se assiste transversal a toda empresa, na avaliação e ascensão, remuneração, e informação quanto ao desenvolvimento e desempenho nas carreiras.


A consciência dos riscos é ainda muito fraca e dissipada através da manipulação de varias informações disformes, trazendo indicadores de um crescimento e entrosamento no ambiente social e profissional inexistentes, e quando palpável é diminuto e muito pernicioso a natureza da actividade. Estamos em presença do mais baixo índice de motivação que se conhece na amplitude total dos mais variados sectores da empresa, e diante a maior incompetência alguma vez demonstrada, em razão da crescente inaptidão e na ausência da responsabilidade participada das diferentes estruturas de direcção, aliciada também pela agravada perda de estímulo e brio, na atitude dos trabalhadores.


 Nestes casos a ambivalência oferece riscos e oportunidades, sendo que a inconformidade reside no risco, e o risco cresce diante da inconformidade.


Apresentando-se como uma gestão que se revela incapaz de mudanças para os fins que impõe a aviação, no capítulo da segurança e eficiência comercial e operacional. O provável será a prazo a desintegração ou mais possível a metamorfose, em função da atenta participação do reitor da actividade.

Lembrar que os órgãos da estrutura superior no seio da empresa, no âmbito comercial e administrativo, e operacional não discutem, ou não se conhece um diálogo vibrante a favor da melhoria. Desde logo os delegados não participam das reuniões regulares de delegados, porque inexistentes enquanto prática, conhecidas pela componente na troca de experiências nas regiões onde actuam e na procura de soluções, neste mundo dinâmico que caracteriza a aviação comercial.

Antes de se discutir a expansão da empresa, na forma de um aumento do número de aviões ao serviço efectivo da TAAG, e do eventual recrutamento de técnicos e especialistas nacionais ou de expatriados, para atender estes novos imperativos, dever-se-ia em bom rigor, no período que corresponde a confirmação das ordens firmes de encomendas e a entrega das novas unidades, proceder-se de forma responsável a um levantamento das questões, que na essência ainda perturbam a avaliação sistémica da organização e operação da TAAG, na perspectiva de que, diante de uma empresa relativamente mais pequena em meios e rotas, seria seguramente mais obvio trazer o suporte e a aplicação de todo o padrão e acompanhamento nos termos da legislação internacional e em absoluta conformidade operacional, e sujeito em unanimidade as melhores praticas da indústria.


A união europeia, ao regular e convencionar as regras de operação e sobrevoo sobre o espaço aéreo europeu, ela adoptou princípios muito claros e baseados na legislação internacional, pelo que reflecte relevante idoneidade. Não basta pretender alimentar interpretações que resvalem em conotações com motivações políticas ou comerciais, no espectro das actuais restrições, que no mínimo deveríamos entender como consequência do relativo trabalho ainda a empreender, não obstante o esforço que já conheceu mérito e aprovação, num reconhecimento a participação de todos.


Numa abordagem primária, sobressai a falta de confiança junto do INAVIC, ou seja da autoridade reguladora por parte das instituições internacionais, que se deve ou assenta na interpretação associada de que enquanto órgão reitor, o INAVI não apresenta capacidade para observar a supervisão, nomeadamente a TAAG, e no entender destes, o facto se resume no âmbito da cumplicidade e num conjunto de acções e decisões, de mera índole administrativa, ou seja sujeitas a pressões.


Teremos que nos livrar da arrogância intelectual que elege, só e unicamente, o expatriado e consultor estrangeiro, como o centro de tudo e dos conceitos e pareceres validos, capazes de aconselhar as nossas intervenções.


Não basta ver as carências da sociedade, é preciso considerar suas ambivalências e também perceber suas qualidades e o interesse nacional, entretanto por vezes, dispensado!


É preciso completar a noção de desenvolvimento com a noção de envolvimento, isto é complementaridade. Em muitos casos assiste-se que a actual gestão, age aleatoriamente e a seu belo prazer contra o direito de trabalho e participação do pessoal TAAG desde sempre, numa atitude inequívoca de descriminação de grupo, com forte apego a desregulação e a notória e imposta descriminação de índole racial.

Melhores cumprimentos