Luanda - Angola pediu anestesistas a Portugal, para colmatar as necessidades que tem no setor da Saúde, disse hoje à Lusa em Luanda o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português.
Fonte: Lusa
"Foram-nos pedidos anestesistas. Há uma grande necessidade de anestesistas e também de técnicos laboratoriais. Há também necessidade de formação de parteiras. Outra das áreas muito necessária é a padronização dos laboratórios e uma parceria entre a Escola de Saúde Pública de Portugal e a futura escola de saúde pública angolana", disse Francisco Almeida Leite, que está a efetuar desde segunda-feira uma visita oficial de cinco dias a Angola.
O secretário de Estado, que falava à Lusa à saída de um encontro de trabalho com o ministro da Saúde angolano, José Van-Dúnem, adiantou que "da conversa resulta uma nova fase na cooperação em termos de saúde". "Temos uma cimeira bilateral para fazer este ano e decidimos mobilizar-nos para que a Saúde não fique omissa nessa cimeira e por isso estivemos a definir algumas áreas onde podemos intervir ao nível da cooperação", salientou.
Os governantes dos dois países abordaram ainda a implantação da telemedicina em Angola, que Francisco Almeida Leite disse ter sido definida como prioritária. "É uma área de intervenção imediata e pode trazer resultados muito bons", afirmou.
O secretário de Estado português citou ainda o ministro da Saúde angolano como tendo defendido a necessidade de "sensibilizar" os grupos privados portugueses com projetos no setor da Saúde.
Portugal, continuou o governante português, tem um "sistema de saúde privado muito bom também, ligado, sobretudo, a grupos financeiros e esses grupos financeiros curiosamente já estão todos aqui em Angola". "Agora falta fazer o 'plus', que é os grupos da área da saúde privados trabalharem também aqui em Angola", afirmou.
Francisco Almeida Leite disse que o embaixador de Portugal em Luanda, João da Câmara, vai patrocinar um encontro entre José Van-Dúnem e os empresários portugueses ligados a investimentos no setor.