Luanda  - A ideia da CASA-CE criar uma plataforma comum da oposição visando as eleições autárquicas ainda não se materializou mas já começou a gerar  reacções entre os entendidos em matéria política nacional.

*Manuel José
Fonte: VOA

A política Alexandra Simeão por exemplo acha que um fórum desta natureza seria uma grande oportunidade para se debater várias ideias.


"Este fórum por exemplo poderia ser um grande espaço de sabedoria."


Já a jornalista e activista social Suzana Mendes pensa que as nossas forcas político-partidárias ainda não estão muito habituadas a trabalhar em conjunto.


Suzana Mendes "falar de uma possível estratégia comum está em jogo o ego pessoal dos líderes, o historial de cada partido politico e em Angola não há ainda muita tradição na oposição em trabalhar em conjunto"


Uma ideia que encontra respaldo na opinião do cientista político Nelson Pestana Bonavena (na foto).

“É salutar a unidade política mas não é a unidade orgânica dos partidos porque existem diferenças de pensamentos, por isso existem partidos diferentes e isto expressa a pluralidade nacional."


Mais importante do que isso, diz Bonavena, é necessário que as forcas políticas da oposição consigam acabar com o que considera de monopólio da fraude protagonizado pelo MPLA.


Nelson Bonavena "Enquanto os partidos da oposição não conseguirem quebrar o monopólio da fraude, dificilmente vai se reverter o actual quadro politico angolano."


Bonavena lembra ainda que já existe actualmente uma plataforma de concertação dos partidos opositores em Angola, falta apenas que a CASA-CE integre este fórum.

"Uma plataforma politica de concertação dos partidos políticos da oposição com e sem assento parlamentar já existe, a CASA-CE deve integrar esta plataforma que existe."

A jurista Ana Paula Godinho vê a questão do ponto de vista da credibilidade dos partidos da oposição que para ela não existe.


"A maioria dos partidos da oposição peca por isso, não são levados muito a serio, quebram-se facilmente, passam uma imagem ao cidadão de pouca credibilidade."