Malanje – O secretário provincial da UNITA em Malanje defende que a Liga da Mulher Angolana (LIMA) deve assumir a vanguarda na reclamação de um salário justo e condigno para as professoras, enfermeiras, secretárias e todas funcionárias que – no sector público e privada daquela província – têm vindo a contribuir com o seu saber, “mas infelizmente têm sido muito mal remuneradas”.

Fonte: Club-k.net

Santos Magalhães tecera as referidas declarações à imprensa presentes na comuna de Cambombo, município de Cakulamba, durante a realização do acto provincial alusivo ao 41º aniversário da LIMA assinalada na última terça-feira, 18, do corrente mês.

O dirigente acrescentou ainda que “é nossa convicção de que a mulher angolana em geral e em especial a mulher enquadrada na LIMA, pode, deve e terá de desempenhar o grande papel de pacificadoras no seio da nossa sociedade”.

Por favor, acompanhe na íntegra o discurso do secretário provincial no acto alusivo ao 41º aniversário da LIMA
   
Excelências membros da Comissão Politica Nacional;
Digníssimos membros do Comité Provincial;
Ilustres membros do Comité Provincial da LIMA;
Caros Jovens da JURA;
Presadas mamãs da vila do Cambondo;
Caros Jornalistas;
Minhas senhoras e meus senhores!

É com elevada honra e sentido patriótico que acedemos ao convite da nossa organização feminina a LIMA ( Liga da Mulher Angolana), para nesta localidade do Cambondo dirigirmos algumas palavras em alusão a mais um aniversário da sua fundação.

Estendo um cordial abraço de carinho e afecto a todas as mulheres enquadradas na LIMA em especial a todas as mamãs espalhadas por este vasto território da Província de Malanje.

O percurso histórico da nossa organização feminina, remonta do ano 1972, ano em que se materializou com a sua fundação na localidade de Massive Província do Moxico a margem da 8ª Conferência anual do Partido.

Este projecto só foi possível graças a visão estratégica e clarividente do saudoso Presidente Dr. Jonas Savimbi que viu a necessidade da participação da mulher no processo de luta.

A LIMA foi criada e lado a lado com os homens, participou na luta para a descolonização do país, o combate contra o regime monopartidário que trouxeram para Angola o sistema democrático.

Este percurso brilhante e patriótico encetedo pela LIMA,  vem responder ao lema das comemorações para este ano, traduzidas no seguinte: LIMA – mulheres unidas em defesa da democracia e dos direitos humanos!

As comemorações deste ano, ocorrem num momento particular da história da UNITA, onde podemos realçar a recente vitória politica-diplomática alcançada com a digressão de Sua. Excia. Presidente do Partido Dr. Isaias Samakuva a América e Europa.

Aqui, e com a responsabilidade que me cabe, dizer que o nosso Presidente não foi para aqueles países bajular e nem queixar ninguém. O nosso mais velho e sua comitiva, só foram passar para aqueles países, a outra realidade sobre Angola, diferente daquela que temos visto no nosso dia a dia.

A questão ligada a fraude Eleitoral de 2012, o fraco desenvolvimento do país, a pobreza extrema que graça os Angolanos, e a matéria ligada com as Eleições Autárquicas, foram os temas candentes da agenda da digressão da nossa Delegação.

Sobre isso, sentimos aqui e acolá, reações inrresponsáveis proferidas por algumas bocas de aluguer que temem a verdade. Aqui, mais uma vez, para reforçar o comprimisso da UNITA com a paz e a reconciliação nacional.

Se de um lado, estes foram os resultados alcançados, por outro, registamos no país ao longo deste periódo violações graves dos direitos humanos que colocam em risco o nosso processo de paz. Foram neste periódo assassinados no Huambo e em Luanda três (3) Quadros nossos, actos atribuidos aos inimigos da paz e da democracia.

A UNITA mais uma vez, comprometida com esta paz, assumiu diante dos familiares das vítimas e dos Angolanos o fardo com essas perdas. Estes e outros assuntos da atualidade, deixo-os a reflexação de todas as mulheres aqui presentes.

Que desafios para a LIMA na presente fase?
Os desafios passam necessáriamente pela sua afirmação na sociedade, mormente ligadas a sua formação intelectual e cultural, sua participação activa na erradicação do analfabetismo no seio da mulher rural, um acompanhamento permanente as mulhres vulneráveis, o combate a prostituição infantil, ao HIV-SIDA e de entre várias sevícias que relegam a mulher Angolana a submissão.

A LIMA deverá ainda assumir a vanguarda na reclamação de um salário justo e condígno para as professoras, enfermeiras, secretárias e todas aquelas que no sector público e privada na Província contribuem com o seu saber, mas que têm sido muito mal remuneradas.

Dizer ainda que é nossa convicção de que a mulher Angolana em geral e em especial a mulher enquadrada na LIMA, pode, deve e terá de desempenhar o grande papel de pacificadoras no seio da nossa sociedade.

Para terminar, auguro que este 18 de Junho traga a verdadeira felicidade para as mulheres e que o sonho de uma Angola próspera e justa, se torne uma realidade.

Bem haja a UNITA
Bem haja a LIMA
Bem hajam as Mulheres de Malanje.
Unidos venceremos