Luanda - Angola é na actualidade o mercado ideal, com uma classe média, para ultrapassar a crise económica internacional, afirmou hoje (domingo), em Luanda, o Vice Presidente da República, Manuel Domingos Vicente.


Fonte: Club-k.net

Angola tem investido em energia solar e eólica

Manuel Vicente fez este pronunciamento ao discursar na sessão de abertura da Terceira Conferência da Iniciativa de Cooperação para a Bacia do Atlântico, numa iniciativa da Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP) e a Jonh University, que decorrerá durante dois dias na capital do país.


" Numa altura em que se pretende ultrapassar a crise económica internacional, os potenciais investidores procuram por bons mercados que, para além da indispensável estabilidade e credibilidade das instituições e do mercado financeiro, possuam um considerável número de consumidores, dotados de bom poder de compra", sublinhou, assegurando que Angola é esse tipo de mercado, com uma classe média em crescimento.


De acordo com o Vice-Presidente, Angola, com uma população projectada pelo Instituto Nacional de Estatística de cerca de 20,1 milhões de habitantes, é a via mais rápida para a saída dos produtos de exportação dos países vizinhos sem acesso ao mar, nomeadamente, República Democrática do Congo e Zâmbia, através do Caminho de Ferro de Benguela que os liga ao Porto do Lobito, perfazendo assim um mercado de 100 milhões de consumidores.


Referiu que a água será o ouro azul do futuro século e Angola é um país rico em recursos hídricos, com aproximadamente 12 porcento de recursos hidrográficos de África.


" Essa água necessita de ser utilizada de forma sustentável e racional, como fonte de energia limpa, irrigação dos campos e desenvolvimento agro-pecuário, para o aumento de adução de água à população, às fábricas e à agricultura", realçou.


Anunciou na ocasião que o Executivo angolano tem priorizado avultados investimentos em barragens e na implementação de projectos regionais aprovados pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).


Frisou que este pressuposto é materializado com a partilha dos seus recursos hidroeléctricos com países vizinhos, nomeadamente, a Namíbia e o Botswana, através do aproveitamento da Bacia Hidrográfica do Cuvango-Okavango, um dos maiores projectos de protecção da biodiversidade do mundo.


Para a utilização de energias alternativas, com o objectivo de proteger o meio ambiente, Angola tem investido em energia solar e eólica e, entre outros, vai investir cerca de quatro bilhões de kwanzas em projectos para a protecção da floresta do Maiombe, na província de Cabinda, para evitar a desertificação e protegê-las das mudanças climáticas, sublinhou.


A conferência, que reúne antigos presidentes da República de vários países banhados pelo Oceano Atlântico, ministros e investigadores, visa abordar questões relacionadas com a segurança, preservação do meio ambiente e cooperação.