Discurso da presidente nacional da LIMA, Miraldina Jamba, alusivo à data da fundação da LIMA por ocasião do 41º aniversário Junho de 2013

Excelência Sr. Presidente do Partido Isaías Henrique Ngola Samakuva
Digníssimos membros da Comissão Política
Ilustres membros do Secretariado Provincial da Lunda Sul
Caros Membros da LIMA e JURA
Prezados membros da Sociedade Civil e representantes das Igrejas
Dignas autoridades Tradicionais
Ilustres convidados
Minhas senhoras e meus senhores.
Excelências.

Permitam excelências que em nome da Liga da mulher Angolana apresente as nossas cordeais saudações. Agradecemos a presença de sua Excelência Sr. Presidente do Partido que aceitou o nosso convite para presidir este acto de grande significado histórico para a nossa organização, a Liga da Mulher Angolana, LIMA.

É com muito orgulho que estamos nas terras da rainha Lueji ya Condé figura histórica que simboliza a nobreza, a digidade e a sabedoria que a mulher já tinha atingido nas sociedades africanas tradicionais. Neste dia memorável rendemos uma homenagem muito especial à rainha Lueji ya Condé cuja obra e dedicação ao seu povo, constitui para nós mulheres da LIMA um grande exemplo a seguir.

A LIMA (Liga da Mulher Angolana Fundada a 18 de Junho de 1972 no Kutaho, Massivi, Província do Moxico  e ractificada pelo III Congresso do Partido em 1972, é uma organização feminina que congrega toda a mulher Angolana membro e simpatizante da UNITA. Prossegue fins políticos e sócio culturais, econômicos e filantrópicos.

 A resistência contra a dominação colonial portuguesa conheceu várias etapas e também revestiu-se de várias formas de luta. Nesta resistência heróica cabe-nos destacar que em todos os momentos a Mulher Angolana esteve sempre presente.

 Durante a longa noite colonial a situação da mulher é percebida sob um ângulo de subalternidade em relação ao homem na maior parte das sociedades, cabia ao homem o direito à decisão, à palavra, ao conhecimento, condições nele reunidas que lhe garantiram a sua vocação “natural” ao poder e á sua suposta superioridade em relação à Mulher porquanto tal vocação porporcionava-lhe disponibilidade para se dedicar a uma série de actividades consideradas superiores.

 Esta situação de dominação e subalternização explica a razão da criação da Liga da Mulher Angolana, Organização que permite á mulher participar de forma activa e consciente na luta de Libertação Nacional, condição da sua própria valorização, liberdade, dignificação e construir uma sociedade verdadeiramente justa e igual para todos.

Ao celebrarmos os 41 anos da existência  da LIMA sob o Lema:

“Mulheres Unidas em defesa da Democrácia e dos Direitos Humanos em Angola”, Inclinamo-nos perante a memória do Saudoso Presidente Dr. Jonas Malheiro Savimbi que dizia citamos: Mulheres do nosso País ! A vossa emancipação nao deve ser uma dádiva dos homens mas sim a vossa conquista nas fileiras do combate”

A LIMA através da implementação dos seus programas subscreve os objectivos de Desenvolvimento do Milênio.
A LIMA constata com preocupação que o desenvolvimento econômico de Angola não reflecte o desenvolvimento Humano.

Os programas do Executivo de combate a fome e à pobreza não se reflectem no dia a dia do cidadão angolano, pois a maioria vive com um rendimento de apenas 1 dólar por dia.

A situação económica e social das Mulheres Angolanas  traduz-se na pobreza extrema, baixos rendimentos, desemprego, falta de habitação condigna, falta de água potável e energia, a  maioria das mulheres dedica-se ao mercado informal sem regras nem segurança física pois são vitimas das investidas dos agentes da ordem e dos fiscais dos governos provinciais.

O VIH/SIDA, as doenças sexualmente transmissíveis, a malária e a tuberculose victimam muitas mulheres e crianças.

O acesso aos serviços de  saúde é deficiente.

Não há  educação de qualidade para as crianças e muitas delas estão fora do sistema de ensino.

Não obstante os 11 anos de Paz Angola continua a registar factos que se traduzem na violação flagranre dos Direitos Humanos caracterizados por uma crescente onda de violência, raptos, desaparecimentos como é o caso de Isaias Kassule e Alves Kamulingui, assassinatos como os recentes casos de dirigentes da UNITA no Cacuaco, Paraíso, António Zola Kamuco e Filipe Chakussanga, bem como os 3 policias, e a Jovem bancária  Barbara Nogueira e tantos outros.

A LIMA repudia os acontecimentos da Lunda Norte onde uma manifestação pacífica de Mulheres em defesa dos Direitos Humanos foi barbaramente reprimida.

A LIMA apela ao Governo no sentido de garantir a paz, a estabilidade,  a segurança e o respeito pelas vidas Humanas. Dizia o Presidente Samakuva e nós citamos:

"É para para superar os obstáculos históricos, que nos impedem de viver nessa sociedade livre, justa e solidária, que encorajo a todas as angolanas e todos os angolanos a fazer uma profunda reflexão sobre o futuro do País e libertar-se do medo para juntos conquistarmos a liberdade a justiça e a solidariedade, para o nosso belo País”.

A LIMA  Saúda o Presidente da UNITA Isaías Henrique Ngola Samakuva pela maneira sábia e clarividente como tem conduzido o Partido demonstrando ao mundo que só com a UNITA, Angola e os Angolanos terão Paz Social, Prosperidade e Desenvolvimento.

LIMA  PÁTRIA
LIMA UNIDADE

Saurimo, aos 22 de Junho de 2013

O Comité Nacional da LIMA