Luanda - O procurador geral da República, João Maria de Sousa, defendeu, terça-feira, em Luanda, o reforço da cooperação entre as congéneres da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) visando o combate ao crime organizado transaccional, que a seu ver só será possível com a conjugação esforços.


Fonte: Angop

João Maria de Sousa advogou tal facto quando intervinha no tema "o Reforço da Cooperação Judiciária", no segundo dia de trabalhos do XI encontro dos Procuradores Gerais da República da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.


Para si, a globalização é uma realidade inequívoca, que por um lado trás benefícios e por outro acarreta situações melindres que exigem cuidados redobrados, afectando até as sociedades mais pacífica.


Segundo o magistrado, os fenómenos que o mundo apresenta actualmente, consubstanciam-se em comportamentos que perigam as próprias sociedades, nomeadamente o narcotráfico, a corrupção, o tráfico de armas, o branqueamento de capitais, o terrorismo e toda a criminalidade transfronteiriça, males sociais a combater com veemência.


Em sua opinião, a agir de modo isolado, ninguém terá sucesso, que não seja por via da implementação do reforço da cooperação, mediante a implementação da assistência judiciária mútua existente, predispondo-se os Estados a, em conjunto, pugnarem por esse combate.


Para que haja resultados visíveis, prosseguiu, importa que "os nossos Estados trilhem pelo reforço dessa cooperação e nós, Angola, não seremos excepção. Nos propomos a tal e procuraremos incrementar, sempre que possível, acordos e protocolos com outros países membros da nossa comunidade linguística, numa base de reciprocidade de vantagem", referiu.


Nesta perspectiva, disse, urge a criação pela comunidade de dispositivos que garantam um entrosamento eficaz entre os Estados-membros, que facilitem contactos, a troca de informações, o auxílio mútuo em matéria penal e não só.

Em sua análise para que a Comunidade tenha relevância e o seu papel seja notório na melhoria das condições de vida dos cidadãos e na sanidade das sociedades, não há outro caminho se não o do trabalho conjunto, da coesão na acção e da intransigência no combate ao mal que a todos afecta.