Luanda – A Procuradoria-Geral da República (PGR) advertiu, em comunicado de imprensa distribuído nesta segunda-feira, 02, em Luanda, contra qualquer tipo de pressão e intromissões no seu trabalho de entidades que procuram vantagens através da comunicação social.

Fonte: Angop
Esta posição surge na sequência de uma matéria veiculada pelo Semanário Angolense na sua edição do dia 17 de Agosto, segundo a qual a PGR estaria a dilatar, por interesses inconfessos, o prazo para a conclusão da instrução preparatória do processo nº 17/13, em que são investigados os acontecimentos do dia 31 de Dezembro de 2012, ocorridos na Cidadela Desportiva que envolve os líderes da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola.

Sobre o assunto, a PGR considera que a atitude do semanário manifesta desrespeito devido à instituição e aos magistrados do Ministério Público condutores da investigação e instrução do referido processo e informa que quem tem interesse em um determinado processo deve saber que existem instrumentos processuais disponíveis para a salvaguarda e garantia dos seus direitos constitucionais e legais, devendo evitar os ataques descabidos às instituições públicas, como são a PGR.

“Para o devido esclarecimento, vem a PGR tornar público que a sua actuação enquanto autoridade judiciária, se circunscreve única e exclusivamente à prossecução do interesse processual que é atingido através da concretização de diligências conducentes à realização da justiça material no caso em concreto”, sublinha o comunicado.

Refere que o processo em causa corre os seus trâmites com a observância do estatuído na lei, sem pressões políticas ou "algo pior", e dada a complexidade dos factos em investigação e o número elevado de intervenientes processuais, entre arguidos, lesados e outros, contendo já cinco volumes com aproximadamente 900 páginas e mais seis apensos com mais ou menos 1000 páginas, tem sido objecto de uma instrução cuidada, visando a sua conclusão e remessa a juízo, para os ulteriores termos.

“A PGR e os magistrados do Ministério Público, porque lesados na sua imagem e bom nome com a divulgação de informações falaciosas, ofensivas à honra e ao respeito a si devidos, esperam uma pronta retratação por parte do Semanário Angolense, quanto às ofensas publicadas na página 10 da sua edição do dia 17 de Agosto de 2013”, concluiu o documento.