Lubango - O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva interagiu esta sexta-feira 29 de Agosto de 2013, com jovens de vários extratos socais do Lubango, durante a palestra que decorreu no Centro Cultural, adjacente a Sé Catedral da cidade, subordinada ao tema: Nacionalismo – a legitimidade da Luta da UNITA.

Fonte: UNITA

Depois da definição sob vários pontos de vista, o líder da UNITA descreveu as diferentes formas de manifestação e de desenvolvimento do nacionalismo angolano, tendo adiantado ser nesse quadro que ocorreram as luta de resistências dos reinos angolanos e surgiram os Movimentos de Libertação que combateram o colonialismo português.

“Cada um desses movimentos moveu-se através de um sentimento comum e colectivo, mas dominado por influências de caracter mais ou menos ideológico, regional, racial, metodológico e estratégico”, salientou o líder da UNITA, para quem a multiplicidade de definições do nacionalismo pode levar a um debate interminável.
De acordo com o Presidente Samakuva, a UNITA foi criada a luta de libertação nacional de Angola, promoção da paz, justiça social, unidade nacional e para a salvaguarda da integridade territorial e a construção de uma nação verdadeiramente independente próspera e democrática.

Como não podia deixar de ser, o líder da UNITA falou do Projecto de Muangai, através do qual este partido visa materializar o programa acima mencionado, recordando que apesar das distorções e manipulações deliberadas de alguns meios, o mesmo estabelece princípios como liberdade e independência total para os homens e para a pátria-mãe, democracia assegurada pelo voto do povo através de vários partidos políticos, soberania expressa e impregnada na vontade do povo de ter amigos e aliados, primando sempre os interesses dos angolanos, igualdade de todos os angolanos na pátria do seu nascimento, para busca de soluções económicas priorizar o campo para beneficiar a cidade.

Isaías Samakuva levou ao conhecimento dos jovens os objectivos que o seu partido persegue desde a sua fundação, destacando-se de entre estes construir o estado de direitos, numa sociedade alicerçada na solidariedade, na igualdade de oportunidade e na justiça social despertar a consciência nacional para a cidadania, promovendo a democracia participativa, promover a defesa da democracia política e inspirada nos princípios e valores consagrados nos estatutos, promover os direitos e liberdades fundamentais da pessoa humana, promover o estado unitário, descentralizado e desconcentrado, contribuindo para um pais mais equilibrado e promover o desenvolvimento económico e cultural do país.

O presidente da UNITA defendeu ainda que a participação do seu partido na luta não foi abstracta, mas concreta e não visou a satisfação de interesses pessoais, mas olhando para os interesses do povo angolano.

“Contra a vontade de muitos, a UNITA esteve sempre presente nos momentos mais importantes da história de Angola”, disse, acrescentando que a sua sobrevivência no cenário angolano deve-se ao facto de primar os interesses do povo angolano.

Para Isaías Samakuva, se a UNITA buscasse a realização de interesses de uma pessoa ou de um pequeno grupo de pessoas, já não existiria porque tem sido levada por forças nacionais e estrangeiras a um combate sem tréguas.

Falando para jovens, o Presidente Samakuva esclareceu que ao longo dos tempos várias mentiras foram inventadas em torno da UNITA, com o objectivo de confundir os menos esclarecidos.

“Ao contrário do que tais forças pretendiam temos verificado que graças à justeza da UNITA, a mesma permanece firme, fiel aos seus princípios e agigante-se a cada dia que passa”, disse, sublinhando que a contribuição da UNITA para a consolidação da democracia, paz e estabilidade tem sido um factor permanente.

Participou na luta de libertação nacional, trabalhou para que se estabelecesse no nosso país, o sistema multipartidário, contribuiu para a elaboração da presente Constituição da República de Angola.

“Mesmo se ainda não é aquela que gostaríamos de ter a CRA contém cláusulas de iniciativa da UNITA”, afirmou, sublinhando que o partido fundado pelo Dr. Jonas Malheiro Savimbi continua a participar activamente no processo de construção da reconciliação nacional real, de estabilidade real e de desenvolvimento que beneficie os angolanos e transformar Angola num pais bom para se viver.

Entretanto, Isaías Samakuva reconhece que o processo de reconciliação nacional não tem sido feito em condições vantajosas para o seu partido, apesar de todos (incluindo o MPLA) pregarem a necessidade.

“Há aqueles que parecem estarem a trabalhar no sentido contrário à reconciliação nacional, encontramos todos os dias sinais de exclusão social e de discriminação. Há quem não consegue emprego por pertencer a determinado partido politico que não seja aquele que sustenta o poder” enfatizou.