Namibe -  O presidente da UNITA, Isaías Samakuva mostrou-se chocado com a situação das vítimas da seca no Cunene afirmando que algumas pessoas estão a partilhar poços de água com porcos, cabritos e bois.

* Armando Chicoca
Fonte: VOA

Samakuva terminou uma visita ao sul do pais no Namibe onde constatou também o grande nível de desemprego por falta de reabilitação de projectos abandonados pelo colonialismo.

O presidente da UNITA disse que população da região sul enfrenta problema social severo.

No Cunene, a situação da seca é mais severa, é urgente atribuir verbas para resolver problemas que se repetem e não para a construção de projectos que são “adiáveis”, disse

Nesse sentido o presidente da UNITA disse que o seu grupo parlamentar vai levantar esta questão durante as discussão para o o próximo orçamento em defesa da população vítima.

No balanço da sua digressão de solidariedade com a população assolada pela seca, que durante uma semana e meia teve inicio na província do Cunene, passando pela província da Huila, e terminada aqui no Namibe, Isaías Samakuva disse que todo apoio prestado até aqui a esta população ainda não teve o impacto desejável junto das populações mais afectadas.

O presidente da UNITA caracterizou de grave a situação social constatada no terreno, onde as pessoas partilham com os porcos, cabritos e bois o pouco de água imprópria para consumo humano, existente em “chimpacas” para evitar morrer com sede.

Para o presidente da UNITA, isto vai causar doenças no seio das comunidades, apelando intervenção urgente do executivo na contenção do caso.

No Município piscatório do Tombwa constou que as infra-estruturas da industria pesqueira continuam degradas, relegando milhares de trabalhadores ao desemprego e pobreza.

Samakuva defende que o governo deve igualmente intervir no sentido de que estas industrias adormecidas, que no tempo colonial deram vida ao país e a população, possam hoje criar riquezas e o bem estar das comunidades.

A visita ao Município do Tombwa, segundo o dirigente do partido do galo negro, permitiu conhecer melhor os problemas daquele importante Município Industrial de pesca que no passado colonial deu emprego a muita gente e hoje entregue a sua sorte.

É urgente insuflar oxigénio aquele sector de pescas adormecido para que produza riquezas a favor da população.

“É visível o rosto triste das comunidades, porque ali no Tombwa a vida está mais difícil do que aqui no Namibe”, disse.