Benguela – “AGRICULTURA É A BASE DO DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DO PAÍS”. Acho que estas palavras, nem sempre foram compreendidas, por dirigentes que governam o nosso País desde 1975, ou, se compreenderam nunca quiseram pôr em prática, devido a defesa dos seus interesses pessoais ou de classe. Tudo é feito de uma forma deliberada, sacrificando esse princípio, de orientação estratégica em todos os países do mundo.

Fonte: Club-k.net
No ideário da UNITA, de 13 de Março de 1966, em Muangai, ficou consagrado que “na busca de soluções económicas, priorizar o campo para beneficiar a cidade”.

Esse princípio diz muita coisa que se pode organizar e estruturar, quanto ao sector da agricultura epecuária. Senão vejamos, o que o governo do MPLA faz em relação a agricultura e pecuária no País.

Nesse momento fala-se muito do desenvolvimento económico do país, que tem por base o petróleo, diamante e outras receitas do circuito comercial. Na verdade o país está em condições de desenvolver-se em todas suas vertentes da vida económica do povo angolano. Se tivermos em conta as múltiplas riquezas, que felizmente Deus proporcionou ao povo angolano. Mas na prática essa riqueza não beneficia a maioria da população.

É preciso antes de mais, perceber-se do grande desleixo do governo do MPLA, em não saber ou não, aplicar, utilizar esse dinheiro do petróleo e diamante etc., na promoção e no desenvolvimento de agricultura epecuária nesta etapa que o País, consegue dinheiro em grandes somas, proveniente desses recursos naturais.

O petróleo e o diamante, são recursos naturais esgotáveis e não são renováveis. Se não se consegue direccionar neste preciso momento que esses recursos têm uma produção satisfatória em divisas monetárias, certamente o País a longo prazo, terá dificuldade de desenvolver a agricultura e pecuária que poderá assegurar a vida económica das gerações vindouras.

Naturalmente, seremos cúmplices e reprovados desse desastre pelos nossos netos, bisnetos, trisnetos etc. Não havendo agricultura e pecuária organizada e desenvolvida, o País nunca sairá da miséria e da subsistência em que se encontra hoje. Não justifica dizer-se que quando o meu pai nasceu já encontrou a pobreza desse povo angolano, ou dizer que quando também nasci já encontrei a pobreza nos musseques.

É preciso saber utilizar os recursos naturais deste País, para o desenvolvimento qualitativo e quantitativo do progresso sócio - económico do povo angolano. Caso um governante não consiga o fazer na prática convém demitir-se da governação. Costuma-se dizer que “UM DIRIGENTE FRACO FAZ SER FRACO UM POVO FORTE, E, UM DIRIGENTE FORTE FAZ SER FORTE UM POVO FRACO”, o povo angolano é um povo forte, não precisa de dirigentes fracos.

Em Benguela, no dia 30 de Maio de 2013, realizou-se um seminário sobre: “ECONOMIA NACIONAL E MÃO-DE-OBRA ESTRANGEIRA. COMPLEMENTARIEDADE, LIMITES E LEGALIDADE”. Os temas foram apresentados pelos quadros dirigentes vindos de Luanda, do Governo Central do MPLA.

Numa das sessões tivemos oportunidade de colocar a pergunta, sobre o perigo de algum dia, esses recursos naturais se esgotarem e o país ficar sem dinheiro para implementar a agricultura e pecuária capaz de proporcionar a matéria-prima, com a qual ser possível, a incrementação de indústrias de origem vegetal e de origem animal, procurou-se saber qual seria o ponto de vista do economista?

A resposta dele, como economista do governo do MPLA foi de que Angola tem muitos poços de petróleo e de diamante, pelo que nunca irão acabar e que eu deveria estar descansado. Pareceu ser uma resposta de um ignorante, deixando muitas dúvidas aos presentes sobre o seu nível profissional.

Essa resposta, para muitos que acompanham intrinsecamente a forma como o governo do MPLA, lida com o sector de agricultura e pecuária, não surpreendeu a ninguém, porque espelhou exactamente o pensamento do executivo do Presidente José Eduardo dos Santos.

Para um patriota, que não tem mais outra Angola, senão esta pátria, preocupa-se com o dia de amanhã. Preocupa-se com o futuro do país. Organiza hoje o dia de amanhã, do futuro das gerações vindouras. É inaceitável que um economista do governo tenha uma visão miopada que hipoteca o futuro económico do povo angolano.

Dum lado, esta ideia está bem conjugada e plasmada, nos propósitos do regime no poder, quando disponibiliza a partir da OGE (Orçamento Geral do Estado), a percentagem, de 1%, para agricultura e pecuária e não só. Angola faz parte da SADC, onde se ordenou que todos os seus componentes da organização, têm que disponibilizar 10% do seu OGE, para o sector agrário. Moçambique anda já na ordem de 7%, e, isto para não se falar de África do Sul, que anda na ordem de 15%.

Os governantes do MPLA em Angola, ainda não partiram, não começaram, andam sim, a pensar apenas na importação dos alimentos da primeira necessidade, através das suas comissões de trabalho que lhes fornecem a mais-valia para encherem os seus bolsos.

De resto, fazem a sua política de diversão, enganando a juventude e o povo em geral, menos equipado, social e politicamente com o Slogan do Dr. António Agostinho Neto, que diz “O MAIS IMPORTANTE É RESOLVER OS PROBLEMAS DO POVO”.

Infelizmente o Dr. António Agostinho Neto, morreu sem ter estruturado em pormenor, esta palavra de ordem, de formas a facilitar a compreensão de seus sucessores no sentido de entender na prática o significado real. Ficaram sem visão sobre esse slogan. É aí onde existe a diferença entre as palavras de ordem do Dr. Jonas Malheiro Savimbi e do Dr. António Agostinho Neto. O Dr. Savimbi estruturou tudo, os seus sucessores têm a visão de como resolver os problemas do povo, na base do seu pensamento.

Não se resolve os problemas do povo no vazio, gritando nos comícios, palestras, etc., ou distribuindo os bens materiais, nas aglomerações do povo, dando-lhe sal, açúcar, fuba, quilos de arroz, sabão, motorizadas, bicicletas etc.

Não é isso que significa a palavra de ordem do Dr. Agostinho Neto, que diz o mais importante é, resolver os problemas do povo. Isso implica ter uma visão de princípio, na solução das situações, políticas, sociais, económicas e culturais. Essa lógica exige que se faça uma interpretação dentro da justiça social. Saber como organizar o povo para se usufruir das riquezas do País.

Todos sabem que no tempo colonial, apesar de o povo angolano naquele tempo, estar sob a colonização Portuguesa, nunca um angolano morreu de fome, tal como acontece frequentemente no governo do MPLA, onde as pessoas morrem de fome por falta de fuba.

O que se sabe é que naquele tempo, Angola tinha grandes silos, stocks, grémios de milho indústrias de produtos de origem vegetal e de origem animal e Angola já exportou o excedente para o estrangeiro. O Matadouro Industrial da Concar – Huambo, diariamente abatia-se mais de 200 cabeças de gado bovino, caprino, suíno e aves. Uma boa parte dessa carne que ficou como excedente, serviu para exportação.

Foi esta Angola que conhecíamos naqueles tempos passados. Se isso foi possível, deveu-se a organização implementada que  serviu como base de acção, que o Governo de então, incrementou  na prática, em benefício do povo. Nem tudo foi mau no Governo colonial.

Quais foram os caminhos da Organização do Governo de então?

O sector agrário foi organizado em duas vertentes: significa que houve agricultura e pecuária mecanizada em grande escala, e houve agricultura e pecuária rural (do povo), devidamente organizada. Sintetizando: houve agricultura e pecuária empresarial e agricultura e pecuária a nível do povo, mas bem orientada, acompanhada e protegida tecnicamente.

Sem querer entrar em pormenor, a agricultura e pecuária empresarial, estava devidamente organizada, tinha técnicos agrários altura e tratadores bem treinados, em tudo, curioso é que até alguns tratadores que quase não sabiam ler e escrever, foram capazes de orientar na prática quaisquer técnicos, superior ou não, que passasse por sua área de controlo a estagiar, eram devidamente orientados na prática. As fazendas agrárias tinham as condições materiais no terreno, quer sejam de uso agrícola ou de uso veterinário, suficientes para resolver todos os casos endémicos que afectassem o desenvolvimento económico.

Quanto a agricultura e pecuária rural a nível do povo, também foi devidamente organizada de forma que permitiu obter bons resultados naquela etapa do tempo colonial. A nível do povo trabalharam mais técnicos de base que foram auxiliares de agricultura ou auxiliares de pecuária, cuja sua preparação de princípio foi de 6 meses a 1ano. Ainda a nível de base havia técnicos que tinham a designação de extencionistas rurais do povo, pois viviam com o povo e assim os mesmos facilmente conseguiam orientar o povo tecnicamente.
 
FALAR DA AGRICULTURA E PECUÁRIA, IMPLICA ESTRUTURAR O SECTOR DO TOPO A BASE

Vejamos em linhas gerais, como o governo actual do MPLA, estruturou esse sector agrário. A nível do topo – tem técnicos superiores agrários. Aí estamos de acordo.

A nível médio – tem técnicos médios agrários, que têm muita dificuldade de adaptarem-se a nível de base principalmente nas Comunas e Aldeias, onde se exerce a actividade agrária junto do povo.

A nível de base - na estrutura orgânica do governo do MPLA não existe nenhuma estrutura agrária indicada e organizada. O povo está entregue a sua sorte. Não há nenhum suporte técnico humano, para orientar na prática agricultura e pecuária. O povo continua na sua agricultura arcaica sem nenhum melhoramento técnico no campo agrícola e da pecuária.

O técnico médio recusa viver numa comuna, pior um pouco quando se lhe pede para acompanhar alguma actividade agrária por algum tempo determinado numa Aldeia.

O Governo dos camaradas esquece-se que o povo constitui a maioria da força activa e produtiva de Angola que uma vez bem organizada e tecnicamente orientada, cria o aumento da produção e da produtividade.

O Governo do MPLA, nesse sector agrário não considera os técnicos de base, razão pela qual não faz parte da sua estrutura orgânica.

Num País, em desenvolvimento como nosso não se pode depreciar os técnicos de base, tal como o governo do MPLA faz. O suporte técnico humano que se deseja a nível de base, só é possível ser implementado no camponês ou no criador de animais, se tivermos em conta esses técnicos, que aliás, são provenientes dessas comunidades rurais e depois de serem devidamente preparados, são novamente enviados para as áreas de origem, a implementarem na prática todos os conhecimentos técnicos que tiveram oportunidade de aprender.

Dum lado os promotores agrários têm uma técnica especial que adquirem durante a sua aprendizagem de 6 meses no mínimo e podem ter mais tempo da sua preparação, dependendo da especialidade, exemplo: horticultura que leva 9 meses do curso.

A preparação de promotores agrários é de 70% do trabalho prático e 30% de aulas teóricas, enquanto outros níveis é o inverso disso. Na prática a preparação de promotores agrários é feita de modo alternado. Significa que depois de um tempo de aulas teóricas e práticas, são enviados para o campo, a fim de orientar na prática actividade agrícola quer dizer que fazem um vai vem, até quando completar o tempo determinado para o fim do curso.

A agricultura e pecuária rural, bem desenvolvidas com base a orientação técnica dos promotores resolvem muitos problemas que normalmente afectam as culturas e os animais  do povo.

Os técnicos de base são os que orientam os camponeses na localização de terrenos férteis, ensinam como se faz o derrube de arbustos ou árvores, como se faz o desbravamento do terreno virgem, como se faz as lavouras, as sementeiras obedecendo o compasso entreplantas e linhas, orientam as sachas, colheitas de produtos, armazenamento dos mesmos e a selecção de sementes.

São ainda os técnicos de base que orientam como se prepara uma nitreira da matéria orgânica, adubação química e orgânica ou o aproveitamento do estrume (esterco de bovinos, caprino, suíno e fezes de aves), bem como a aplicação de pesticidas, para o combate das pragas.

No capítulo da horticultura, são os mesmos que desempenham a tarefa da escolha do terreno para o alfobre, a preparação do mesmo, a introdução da matéria orgânica, a sementeira do viveiro, a cobertura do alfobre, a rega do alfobre bem como o acompanhamento diário, até quando as sementes começarem a germinar, a pulverização com produtos de pesticidas, a consolidação das plantas até quando são retiradas para o terreno definitivo.

Em seguida, orientam aos horticultores na localização do terreno definitivo a sua preparação e a profundidade no roteamento do terreno de horticultura, agradagem do mesmo, o compasso entre as linhas e entre plantas. O acompanhamento diário das plantas, sua rega, sachas, adubação e amontoa.

São também os mesmos, que orientam as pessoas que se dedicam a horticultura, como se planta no terreno e ao mesmo tempo os seus cuidados culturais subsequentes.

No campo da pecuária os promotores pecuários orientam os criadores de animais a construção de currais, de capoeiras, de pocilgas para os suínos, mangas de vacinação, castração cruenta e incruenta de animais machos e curativos de animais doentes. Também tomam conta dos tanques para o banho carracicida. São eles que identificam as doenças infecto-contagiosas, os endoparasitas e ectoparasitas, que grassam na área e informam aos técnicos superiores ou médios. No tempo das campanhas de vacinação e desparasitação eles desempenham um papel muito importante ao lado dos técnicos superiores ou médios.

Tudo isso implica que haja uma organização efectiva, no ponto de vista de meios humanos e materiais.

No meio disso tudo, precisamos de entender onde se encontra o problema do MPLA? Os dirigentes no Poder, fazem adaptação, da organização de Países estrangeiros, lá onde aprendem a técnica e acham que é da mesma forma que se pode implementar a agricultura e pecuária em Angola.

Ora, esquecem-se que na Europa, nos Países de Leste e outros, o nível social e académico desse povo é diferente da maioria do povo angolano, de modo que nesses países para implementar a agricultura e pecuária, precisam apenas de técnicos superiores. Isto porque o trabalho de base e médio os próprios agricultores e criadores o fazem nas suas fazendas, pois aí têm laboratórios de pesquisas e identificação de solos e doenças infecto-contagiosas. Só em certos casos mais relevante é quando solicitam o técnico superior.

É por aí que o Governo do MPLA se engana na implementação de agricultura e pecuária, de uma forma científica prática. É curioso saber que algumas ONGS estrangeiras tem tentados preparar os técnicos de base, mas esses acabam por não ter nenhum enquadramento no sector. A UNITA na sua experiencia prática, durante a resistência contra os Russos e Cubanos, preparou muitos técnicos de base e médios.

Resumindo, os técnicos de base tiveram a preparação de dois anos e um ano de estágio perfazendo 3 anos de aprendizagem. Esses têm a designação de práticos agrários (agrícolas e pecuários).

Ainda nessa senda, preparou-se os promotores agrários, que foram elementos solicitados das comunidades rurais, cuja sua preparação foi no mínimo de 6 meses e no máximo 9 meses, de acordo a especialidade.

Quanto aos técnicos médios, a sua preparação foi de 3 anos e 1 ano de estágio. O objectivo dessa organização sobre a preparação dos quadros técnicos agrários, foi de criar uma auto-suficiência alimentar, de todas forças vivas que estavam empenhadas na luta.

Nos Acordos de Paz e assinatura do protocolo do Luena, dia 4/4/2002, ficou acertado que todos os técnicos preparados pela UNITA seriam enquadrados na função pública.

Mas infelizmente o Governo do MPLA recusou o enquadramento dos técnicos agrários, argumentado que a estrutura orgânica de agricultura não contempla o enquadramento dos técnicos de base.

Com o andar do tempo a UNITA, ficou bem esclarecida das suas razões políticas de não querer enquadrar os técnicos agrários da UNITA, por pensar que esses uma vez colocados junto do povo iriam mobilizar o mesmo contra o Governo do MPLA.

AINDA SOBRE A VACINAÇÃO

O Governo actual, tem feito muita publicidade sobre a vacinação de animais, aos 4 cantos do país e não só, mas a verdade é que a vacinação e a assistência médica e medicamentosa em geral, que o Governo faz mais, é sobre o gado das fazendas dos dirigentes no poder. Aí sim, gastam muitos meios materiais em benefícios deles próprios, enquanto o gado do povo fica sacrificado.

A nível do povo apenas vão simulando, ora a direita ou a esquerda, tirando as imagens que são publicadas na TPA, falando em nome do povo. O que é preciso para o povo angolano é uma assistência médica medicamentosa abrangente, isto é, tal como fazem nas fazendas do dirigentes do Governo do MPLA, também deve-se fazer no gado do povo.

A nível do povo há currais que fecharam, porque a peripneumonia contagiosa bovina dizimou todos os animais desses currais, por falta de assistência de sanidade pecuária. Essa, é a realidade de assistência que o governo tem vindo a fazer no povo. QUO VADIS ANGOLA NOSSA. PARA ONDE VAI A NOSSA ANGOLA?
 
ANÁLISES SOBRE AS CONDIÇÕES  MATERIAIS DE AGRICULTURA E PECUÁRIA, TRANSPORTE E INCENTIVO SALARIAL DOS TÉCNICOS.

As condições de trabalho nas direcções de agricultura e veterinária são péssimas, os técnicos lutam com muitas dificuldades da falta de meios para o trabalho, sobretudo meios de transporte, que favoreça a deslocação dos técnicos para junto das áreas de trabalho.

Nas direcções ou repartições de veterinária, pior um pouco, sobretudo quando chega a época da campanha de vacinações de gado bovino. Além da falta de transporte, há constantemente a falta de vacinas para permitir um trabalho contínuo. Como consequências constata-se que  ficam sempre muitos animais por vacinar. Em suma, a nível do povo assistência médica e medicamentosa não existe.

Em Angola, desde o tempo colonial existiram e continuam até hoje certas doenças infecto contagiosas tais como, pleuropneumonia (pneumonia contagiosa bovina) vulgarmente conhecida pela designação em umbundu de Kawenha, que tem vindo a dizimar grandes efectivos de gado bovino. A doença pleuropneumonia exige uma vacinação contínua e abrangente anualmente, sobretudo no que concerne o gado do povo.

Para além, dessa doença, há outra como Carbúnculo Hemático e Sintomático e febre Aftosa etc., que a nível do País dizimam inúmeras cabeças de animais.

Os Tanques Banheiros nunca mereceram atenção do Governo, quanto a sua recuperação, isto para não se falar de abertura de novos Tanques Banheiros. Como consequências da falta desses, está propiciar a multiplicação de muitos agentes vectores de doenças, tais como: a carraça, Amblyoma Pomposum, que transmite uma doença altamenteperigosa, a Harte Water ou coração de água e outras tantas, como Boophilus Decloratus e Repcephalus.

Por falta de tanques banheiros em funcionamento os ectoparasitas e endoparasitas encontraram um terreno bastante fértil para sua multiplicação.

SOBRE O INCENTIVO MEMORATÓRIO DOS TÉCNICOS AGRÁRIOS.

Nesse capitulo o governo actual de Angola, tal como falhou no desenvolvimento do sector agrário, é da mesma forma que não consegue criar o incentivo compatível as categorias profissionais dos técnicos em serviço.

Os técnicos de agricultura e pecuária na função pública recebem um salário muito miserável. Se não vejamos, um técnico superior agrário ganha o salário igual do técnico médio da educação. Basta esse exemplo para se analisar os outros técnicos de escalão inferior.

CONCLUSÃO

Por falta desse incentivo salarial satisfatório, os técnicos agrários, estão abandonando a agricultura e pecuária e ingressam nos outros organismos com destaque na educação. Não é possível desenvolver agricultura e pecuária com técnicos frustrados.

Agricultura e pecuária, do tempo colonial, estava desenvolvida porque o colono Português sabia o valor de agricultura no desenvolvimento económico do País. Atribuía grandes incentivos aos técnicos. Houve corridas da juventude de então, para esse sector agrário.

A política do MPLA falhou. Só a UNITA uma vez no Poder, poderá dar a esperança do dia melhor ao povo angolano. É o que nos cumpre esclarecer, neste nosso primeiro trabalho técnico sobre a agricultura e pecuária. Voltaremos com outros pormenores técnicos tão logo seja possível.

*Secretário provincial da UNITA para os assuntos eleitorais em Benguela e técnico agrário