Namibe – Um agente dos Serviços de Informação e Segurança Externa (SINSE), de nome José Luís Mapengue, é acusado pelo seu progenitor de o ter ameaçado de morte, tudo por ser militante da UNITA, o maior partido da oposição em Angola.

Fonte: Club-k.net
A fúria do agente do SINSE terá sido despertada quando se apercebe que o seu pai,  Luís Mapengue estava a frequentar o curso de formação política de quadros que este partido da oposição está a promover, no município de Bibala, província do Namibe.

As ameaças ao pai foram feitas por telemóvel, através de ligações e mensagem, e o conteúdo deixou indignado os colegas de curso de Luís Mapengue que pediram que o mesmo apresentasse queixa a polícia, com receio de que essa ameaças sejam concretizadas.
“O jovem ameaçava espancar o seu pai, ou mesmo, se ele teimasse matar-lhe”, conta um dos colegas de curso.

Ainda, segundo a fonte, José Luís Mapengue dizia em uma das suas mensagens que o seu pai nunca poderia ser da UNITA, uma vez que era ele quem o sustentava. “Ele disse várias vezes, tanto por mensagem, como quando ligou, que o dinheiro que sustentava o seu pai era aquele que lhe pagavam tanto no SINSE, como no MPLA. Disse também que o mais velho deveria ter muito cuidado daqui pra frente, e que não fosse mais para a sua casa, porque quem lhe sustentava era ele, e caso insistisse deveria pedir a UNITA que lhe sustentasse”.

Em uma outra mensagem enviada através do terminal 923869082, José Mapengue desejava felicidades ao pai, naquele que ele disse, ser o caminho escolhido por si, “pois, para mim o senhor já não existe”, dizia o conteúdo da mensagem.

Por volta das 18h20 minutos do dia 27, José Mapengue voltou a fazer uma nova mensagem para o pai do mesmo terminal, solicitando que esse devolvesse o saco de milho que este lhe tinha comprado.

A direcção da UNITA naquela província considera o acto de grave, numa altura, dizem em que o país já vive muitos anos de paz, assistir-se a estes episódios. “Pedimos as instituições de direito que tomem as medidas necessárias para que situações do género não voltem a acontecer com nenhum cidadão e filho dessa terra”, diz o comunicado que o Club K teve acesso.