Na semana passada, assim como a Lusa havia antecipado, o Banco Nacional de Angola (BNA) concedeu a autorização para a formalização dos acordos de abertura do capital do Totta Angola à Caixa Geral de Depósitos, bem como à Sonangol e a dois outros investidores angolanos.

A notícia foi divulgada pelo Jornal de Negócios na quinta-feira e confirmada à Agência Lusa por fontes próximas das negociações.

Segundo as mesmas fontes, conseguido o aval do banco central, falta a aprovação por parte do Conselho de Ministros angolano, prevendo-se que o assunto seja decidido em breve pelo Executivo.

Em cima da mesa está a abertura do capital do Totta Angola, no âmbito dos acordos que o Santander Totta negociou com a Caixa Geral de Depósitos, por um lado, e, por outro, com a petrolífera Sonangol e os empresários angolanos Jaime Freitas e António Mosquito.

No âmbito destes acordos, a Sonangol, Jaime Freitas e António Mosquito vão passar a deter um total de 49% do Totta Angola, enquanto os restantes 51% do capital do banco ficarão na posse de uma sociedade detida metade pelo Santander Totta e metade pela CGD.

No entanto, a gestão do Totta Angola - que até agora foi controlado na totalidade pelo Santander - será entregue à Caixa Geral de Depósitos, passando o banco a denominar-se Banco Caixa Geral Totta Angola.

A Caixa tenta alcançar este objetivo há três anos e meio, quando assinou o primeiro memorando de entendimento com o Santander Totta, com objetivo de comprar uma posição no Totta Angola.

Contatadas pela Lusa, fontes oficiais da CGD e do Santander Totta não quiseram fazer comentários sobre as negociações com as autoridades angolanas, que ocorreram nos últimos dias, com a presença em Luanda dos presidentes dos dois bancos, Faria de Oliveira e Nuno Amado.

Fonte: Lusa