Lisboa - A Casa de Segurança do Presidente da República, tem instalado secretamente, na Cidade Alta (numa cave, ao lado do edifício da Imprensa Nacional), um centro de escutas telefónicas e de intercepção de mensagens de correios electrónicos que passam e entram através de servidores existentes em Angola.
Fonte: Club-k.net
O Centro que opera - desde a véspera das eleições de 2008 - em moldes de “bunker” foi instalado por especialistas Israelitas, e nele trabalham cerca de 40 técnicos do ramo da informática. Os seus aparelhos são considerados como de última geração sendo assim os mais avantajados do mercado internacional.
O referido “centro de escuta” funciona de forma autónoma aos já existentes no país (Morro Bento e Catumbela) sob alçada dos diferentes Serviços de Inteligência.
Devido a insuficiência de capacidade humana , as escutas telefónicas (apesar do termos induzir que se esteja alguém do outro lado da linha a escutar), são feitas, neste centro, através da intercepção de palavras chaves ou especificas que o sistema intercepta sem que tenha de estar um técnico a ouvir como se fazia no tradicional tempo da segunda guerra Mundial. O mesmo acontece com as mensagens transmitidas/recebidas por meios de correios electrónicos.
Os principais alvos são partidos da oposição, e missões diplomáticas e ONG que operam no país. De acordo com dados plausíveis, as principais embaixada acreditadas em Angola fazem recurso ao sistema de satélite de forma a evitar que as suas comunicações passem pela fibra optica em espaço nacional.
Em Março de 2011, os técnicos do centro tiveram enorme dificuldades em identificar a origem de um correio electrónico que apelava a realização de uma manifestação que ameaçava derrubar o regime do Presidente José Eduardo dos Santos (JES).