Luanda – Servimo-nos do portal Club K para DENUNCIAR A SITUAÇÃO CAÓTICA em que se encontra o Instituto Superior Politécnico do Cazenga (ISPOCA). Nesta instituição instalou-se efectivamente o caos.

Fonte: Club-k.net
Nós, ESTUDANTES, afirmamos que, realmente, o Instituto Superior do Cazenga (ISPOCA), está um caos; lamentavelmente, a instituição deveria é – isto sim – se chamar SANZALA. O instituto continua a viver vários problemas, que estão a afectar seriamente a nós, estudantes. Há tempos, professores reivindicaram sobre os seus direitos, mas maior parte deles foi retaliada. Muitos deles são professores que possuem excelentes graduações e pós-graduações e uma admirável competência.

Depois deste processo ficamos a saber que a Instituição passou a estar carente de professores, e desde – Final do 1º Semestre – temos vivido imersos num caos que se alastra até agora, o 2º semestre, que está a ser periclitante.

Depois dos exames tivemos um mês de pausa, o que não deveria acontecer, sendo que já tínhamos ficado um longo período sem aulas, no mês de Maio, por imperativos do Censo 2014. Por falta de organização, a pausa inter-semestral durou mais de um mês: segundo o calendário oficial, o 2º Semestre começaria no dia 18 de Agosto, mas no ISPOCA assim não foi, em prejuízo dos estudantes.

Na verdade, a demissão em massa de pessoal docente e administrativo é a razão do estado de sanzala em que se encontra o ISPOCA. Logo, na primeira semana de aulas não tínhamos nem sequer os horários publicados; a preocupação e a angústia foram de tal ordem, que nós, estudantes, já estávamos a pensar numa manifestação.

Depois de muita insistência e pressão da nossa parte, as aulas do 2º Semestre começaram no dia 25 de Agosto, com meia dúzia de professores e alunos.

O risível é que nem sequer uma única pessoa da Direção passou pelas turmas a dar satisfações, remetendo-nos a meros clientes do candongueiro Tecasala, o dono do ISPOCA e o verdadeiro responsável por este caos todo.

O ambiente académico no ISPOCA tem sido um PESADELO. Fruto da perda dos professores, a qualidade de ensino caiu tremendamente, pois temos sido submetidos a tortura de suportar professores altamente incompetentes e extremamente corruptos. Na verdade, aquilo é sair do melhor para o pior: saiu-se cavalo para burro, pondo seriamente em risco a nossa formação.

O ISPOCA não conseguiu contratar pessoal docente suficientemente preparado para assumir as responsabilidades académicas desempenhadas pelos professores demitidos injusta e ilegalmente.

Aliás, é um facto que alguns professores novos, depois de se abalizarem do caos e da sanzala autêntica que reina no ISPOCA, nem sequer se deram ao trabalho de dar as primeiras aulas. Desistiram! Diante de tal situação, as cadeiras deixadas vagas foram atribuídas aos “professores que ficaram”, que – como já dissemos – além de altamente incompetentes, são corruptos.

No meio do 1º semestre, estudantes de uma turma remeteram uma carta ao Departamento de Ciências da Educação para reclamar do facto de um dos professores mostrar- incompetente tanto científica quanto pedagogicamente; lamentavelmente, não foi tomada nenhuma medida em nosso favor, e só depois - por causa de uma outra reivindicação contra o professor o assunto veio à e ao conhecimento do Diretor, que disse que “não sabia do caso”.

Aproveitamos aqui frisar que O DIRECTOR QUASE NUNCA SABE NADA, pois – afinal – descobrimos que ele não tem poder nenhum na instituição. O que chamou-nos à atenção é que a Instituição mantém o mesmo professor incompetente e corrupto em outras turmas! Isto dá-nos entender que ESTAMOS DIANTE DE UMA INSTITUIÇÃO QUE NÃO É SÉRIA.

Como “xeque-mate”, disseram-nos que o caso estava resolvido! A maior preocupação não era só a expulsão do professor, mais também que eles indicassem alguém à altura para leccionar. Claramente, o ISPOCA não possui os requisitos necessários para uma Instituição de Ensino Superior, nem para atender a demanda dos estudantes. É UMA SANZALA!

Um exemplo do caos é que cadeiras anuais complexas foram eliminadas do currículo, pois o ISPOCA não conseguiu recrutar professores, quanto mais professores à altura!

Uma grande dos professores do ISPOCA tem lecionado cadeiras que não dominam e nem fazem parte da sua matriz académico-científica: têm estado a mentir aos estudantes, e afirmamos que, se aquela brincadeira que eles fazem é leccionar “nós fazemos melhor”. Eles fazem dos estudantes meros expectadores das suas poucas-vergonhas de aulas.

Tomamos conhecimento de que foi entregue ao Ministério do Ensino Superior um dossiê de denúncia do estado de sanzala que impera no ISPOCA. Francamente, passado já algum tempo, perguntamos: afinal, diante da gravidade dos factos denunciados, de que está à espera o Ministério do Ensino Superior?