Lisboa – José Pedro de Morais Júnior foi nomeado esta quinta-feira por despacho presidencial como novo Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), em substituição de José de Lima Massano.
Fonte: Club-k.net
Nascido em 1955, na província do Bié, o novo governador do BNA, já desempenhou vários cargos de destaque no aparelho de Estado angolano. O seu ultimo cargo foi de Ministro das finanças da qual foi nomeado em 2002. Tem passagem pelo Banco Mundial e é considerado como um dos mais abalizados tecnocratas do regime.
De acordo com o precedente da sua travessia ao deserto, o novo governador do BNA, Pedro Morais Júnior saiu do governo, em 2008, no seguimento de desinteligências com o Presidente José Eduardo dos Santos (JES) tendo desde então se dedicado aos negócios privados. Em meados de 2011, foi apresentado por JES como “bode expiatório” numa reunião do Conselho de Ministro a respeito de falhas nas finanças angolanas. No seguimento da acusação, o mesmo escreveu uma carta ao líder angolano apresentando a sua versão. A reação do mesmo, exposta na carta foi encarada como um acto de “desafio ou mal criadez” sobretudo pela linguagem técnica de difícil compressão. A missiva saiu do Gabinete presidencial tendo ido parar nos jornais ao que gerou especulações de que havia intensão do regime espo-lo.
A partir de 2013, surgiram rumores sobre o seu eventual regresso ao governo dando lugar a uma convicção generalizada da abertura de contactos do mesmo com antigas alianças que lhe eram reconhecidas (Tem boas relações com Higino Lopes Carneiro e é ligado aos generais Manuel Vieira Dias “Kopelipa” e Bento dos Santos “Kangamba”)
O seu regresso começou com uma assessoria que esteve a prestar ao governado provincial do Kuando Kubango, e mais tarde exercendo o mesmo papel no governo Provincial de Luanda. Antes disso havia a tentativa de o nomearem governador do Huambo, decisão que seria internamente protelada.
Ao mesmo tempo reativou a militância no MPLA tornando-se membro activo da Direcção do Comité de Ação do MPLA, vulgo “CAP 12”. Como novo militante patrocinou a construção das instalações do referido CAP, que funcionam, ao largo da Ingombota, no perímetro onde também se situa a sede da Comissão Administrativa do Município de Luanda.